O senador de Mato Grosso Wellington Fagundes (PL) está entre os parlamentares que controlam o orçamento ‘secreto’, segundo reportagem divulgada pelo UOL. Ele possui R$ 181.540.877 milhões em indicações de emendas que podem ser direcionadas através dos ministérios da Integração e Desenvolvimento Regional e das Cidades.
De acordo com o portal, as obras de infraestrutura com recursos federais são controladas por dez parlamentares, entre eles, Fagundes. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (UB), Eduardo Braga (MDB), Marcelo Castro (MDB), Marcio Bittar (MDB), Osmar Aziz (PSD), Wilder Morais (PL), Weverton Rocha (PDT) e Fernando Farias (MDB) completam a lista.
Alcolumbre é quem tem mais influência nas obras. Segundo o UOL, os valores são utilizados para beneficiar empresas de aliados e parentes do parlamentar nos estados em que os recursos são destinados.
A maior indicação de valores feita por Alcolumbre foi no Ministério da Integração em uma obra executada pela empresa de seu suplente, a Construtora e Reflorestadora Rio Pedreira Ltda, de Breno Chaves Pinto — em um convênio da União com o governo do Amapá.
O presidente do Senado mandou R$ 97,7 milhões em emendas para o empreendimento. A construtora pertence a Breno Chaves Pinto e já foram pagos R$ 19,5 milhões à empresa.
Chaves Pinto é investigado pela Polícia Federal por corrupção, fraude à licitação, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e peculato. Já Marcelo Castro é outro parlamentar suspeito de beneficiar familiares.
Ele foi relator do Orçamento em 2023 e usou o cargo para direcionar emendas de comissão ao Piauí, incluindo indicações de R$ 165 milhões ao Departamento de Estradas de Rodagem (DER-PI). Ocorre que o filho dele, José Dias de Castro Neto chegou a comandar o órgão, quando empresas da família foram contratadas por Marcelo Castro.
Além disso, Marcelo destinou R$ 97,2 milhões para obras no DER-PI executadas por um consórcio em que seu irmão é sócio e o filho dele supervisionou o processo.
ORDEM DE TRANSPARÊNCIA
O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que os ‘padrinhos’ das verbas tivessem duas identidades publicizadas. Além disso, uma portaria assinada por ministros de diversas pastas exigiu que os parlamentares apresentassem planos de trabalho para emendas especiais.
ERRATA
Inicialmente, a reportagem tinha informado que a senadora Margareth Buzetti também figurava entre os 10 parlamentares que mais indicaram. Contudo, o erro se deu devido a um erro de digitação. Buzetti, na verdade, indicou R$ 28,7 milhões em emendas.
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