O secretário-chefe da Casa Civil, Fabio Garcia (União Brasil), apontou que o pacote de ajustes fiscais apresentado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), "não é o melhor caminho" para o país pois propõe o aumento de impostos. Segundo ele, o presidente Lula (PT) deveria fazer um "corte na carne", reduzindo os gastos do governo federal. Entre as medidas anunciadas pelo pacote estão a isenção do Imposto de Renda (IR) a quem recebe até R$ 5 mil de salário e a taxação dos super-ricos.
"Sou daqueles que pensa que a máquina precisa ser enxuta, eficiente, ter o custo minimamente necesário para que sobre dinheiro para fazer investimento na ponta. O caminho para o Brasil é enxugar o tamanho da máquina pública, é cortar a despesa de todos os Poderes e não aumentar imposto", rechaçou Fabio Garcia nesta sexta-feira (29).
O governo federal sustenta que a medida irá gerar uma economia de R$ 70 bilhões nos próximos dois anos. No entendo, chefe da Casa Civil de Mato Grosso indicou que esse aporte estará atrelado ao aumento da arredacação e não uma economia como foi afirmado por Haddad.
"Esses R$ 70 bilhões é por conta do aumento de arrecadação, aumento de imposto. À princípio, quanto de fato é corte de gasto porque o pacote traz junto uma isenção de imposto e uma tributação. Mas eu entendo que corte de gasto é você cortar secretaria, ministérios, estrutura e trazer eficiência. Aí de fato é corte de gasto. Quando você tem um aumento de tributo não significa corte de gasto", falou o secretário.
Garcia acredita que Lula inverteu os processos. De acordo com ele, o enxugamento da máquina deveria anteceder o aumento de impostos.
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"Aumentar imposto não é um caminho. Você pode até fazer isso em um segundo momento, mas de primeiro momento, o Brasil precisa de uma reforma administrativa", finalizou.
O pacote de ajustes fiscais será apreciado pela Câmara dos Deputados e Senado em sessão do Congresso Nacional que deve ser realizada antes do recesso do fim do ano, previsto para 22 de dezembro.
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