A senadora Margareth Buzetti (PSD) se colocou como pré-candidata às eleições de 2026 e afirma que deixará seu atual partido para retornar ao seu antigo partido, o PP. Buzetti explicou que havia feito um acordo com o ministro da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Fávaro (PSD), para ingressar na sigla que ele preside em Mato Grosso. Em troca, ela seria sua primeira suplente. À época, Fávaro já vislumbrava espaço no alto escalão do presidente Lula (PT) e acertou que a deixaria em sua cadeira no Legislativo enquanto estivesse à frente do Mapa.
Margareth Buzetti dialogou com as lideranças do seu partido e recebeu o aval para sair do PP, deixando as portas abertas para voltar quando a trajetória como suplente no Senado fosse cumprida.
"Quando falei que volto para casa, é voltar para o meu partido. A condição de ir ao PSD era para que ele fosse ministro, vou cumprir isso também. Mas, quando sair, volto para o meu partido e sou pré-candidata ao Senado", falou Buzetti ao Mídia News.
O PP compõe a base do governador Mauro Mendes (União Brasil), e a confirmação de Buzetti ao PP pode indicar uma dobradinha entre as agremiações ao Senado em 2026. Mendes é ventilado para a disputa e seria natural a aproximação com Margareth para construir um grupo de centro. Embora esteja no PSD, a senadora não se identifica com a esquerda. Seu posicionamento também não tem as características da extrema direita, combinando com a postura de Mauro, que é governista, mantendo o diálogo aberto à direita e à esquerda.
Nos anos em que está no Senado, Buzetti pavimenta esse caminho como aliada de Mauro em Brasília, defendendo pautas de interesse da gestão. Um dos projetos, inclusive, foi construído a quatro mãos com o presidente do PRD em MT e suplente no Senado, Mauro Carvalho, que é ex-secretário-chefe da Casa Civil de Mendes. Os dois pleitearam que o Parque Nacional de Chapada dos Guimarães (a 65 km de Cuiabá) não fosse repassado à iniciativa privada.
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