Sem acordo entre Governo e servidores estaduais para o pagamento do Reajuste Geral Anual (RGA) deputados estaduais montaram nesta terça-feira (17) uma comissão composta por 12 parlamentares a fim de buscar alternativas para que o impasse seja resolvido. As novas alternativas serão apresentadas nesta quinta-feira (19).
“Devido a esse impasse onde servidores querem 100% do repasse e o Governo oferece 0%, tanto o Fórum Sindical quando o Executivo delegam uma comissão para que intermediar esse diálogo e construa uma proposta que será apresentada ao Fórum para que submeta às suas bases”, explicou o deputado Emanuel Pinheiro (PMDB).
De acordo com Pinheiro, que vem atuando em prol do diálogos entre as categorias e o governo do Estado, e que convocou a reunião realizada neste dia 17, a comissão irá trabalhar nesta quarta-feira (18) em busca de uma alternativa para seja feito o pagamento da recomposição aos funcionários. “Temos marcada uma nova reunião com líderes sindicais para a quinta-feira (19) às 07h para apresentar as propostas obtidas junto ao Governo para atender a classe”, explicou.
No decorrer no encontro o líder do governo do Estado na Assembleia Legislativa (ALMT), deputado Wilson Santos (PSDB), já adiantou aos servidores que o pagamento integral de 11,27%, como estava previsto, está descartado neste momento. A ideia da qual o Executivo parte é sobre o parcelamento do reajuste, assim como foi feito em 2015.
“Hoje ficou bem claro que eles [governo] não cogitam a integralidade. Eles trabalham com o parcelamento. Nós levantamos a bandeira da integralidade [do RGA], mas o aperto está de todo lado. Iremos avaliar a proposta que eles apresentaram” salientou o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Estaduais da Carreira dos Profissionais de Desenvolvimento Econômico e Social (Sindes), Adolfo Grassi.
Conforme o sindicalista, o indicativo de greve para o dia 24 permanece e o governo tem até dia 23 para apresentar uma proposta razoável aos servidores. A alternativa que será apresentada no dia 19, poderá ser decisiva para a suspensão ou instauração da greve.
“Não adianta querer dar 0,5% agora e parcelar o resto, já vamos descartar aqui. Tem que ser uma proposta decente. Já está na mesa de negociação a LOA [Lei Orçamentária Anual], que diz que já temos 7,5% garantidos em lei. Mas vamos ouvir a proposta que eles a fazer, porque até então o que diziam era que não poderiam pagar”, salienta Gassi.
Fazem parte da comissão os deputados Emanuel Pinheiro (PMDB), Wilson Santos (PSDB), Perry Taborelli (PSC), Saturnino Masson (PSDB), Zé do Pátio (SD), Dilmar Dal Bosco (DEM), Max Russi (PSB), Janaina Riva (PMDB), Pedro Satélite (PSD), Eduardo Botelho (PSB), Oscar Bezerra (PSB), Sebastião Rezende (PR) e Zé Domingos Fraga (PSD).
Greve geral
Todas as categorias representadas pelo Fórum Sindical pararam nesta terça-feira (17) e realizaram manifestação em frente a secretaria e Gestão, como uma forma de pressionar o Estado para o pagamento do reajuste. Servidores da capital e do interior participaram da ação que se estendeu até a tarde, quando os líderes sindicais que reuniram com os deputados às 15h. Os funcionários permaneceram com as atividades suspensas por 24 horas.
O passo seguinte será a greve geral a partir do dia 24, caso o Executivo não apresente uma proposta razoável para os servidores.
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