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Política Quarta-feira, 23 de Outubro de 2024, 14:40 - A | A

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Quarta-feira, 23 de Outubro de 2024, 14h:40 - A | A

CHAMADO DE "PERDEDOR"

Botelho critica fala Pivetta em apoio a Abilio: "não fazia parte do grupo ou era traidor?"

Essa é a primeira vez que o deputado demonstra descontentamento com ex-aliados pelo apoio a outros candidatos no segundo turno

RAYNNA NICOLAS
Da Redação

O presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (UB), aumentou o tom em resposta a vídeo divulgado pelo vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos). Em apoio a Abilio Brunini (PL), Pivetta afirmou na gravação que os 'perdedores' de Cuiabá e Várzea Grande estão apoiando Lúdio Cabral (PT) no segundo turno das eleições na Capital. Botelho, que era candidato na primeira fase do pleito, lembrou que o partido de Pivetta indicou o vice na chapa derrotada e questionou se o vice-governador traiu o próprio partido, já que não se colocou no grupo de 'perdedores'. 

"Eu acho que ele precisa começar a participar mais ativamente e entender a política, eu acho que ele precisa vir conversar mais, entender que a política é feita de vitórias e derrotas, se nós perdemos, foi o grupo que perdeu ou ele não estava nesse grupo? Ele não fazia parte, ou ele era um dos traidores, como a gente fala? Se ele estava do outro lado, eu não sei, ele devia ser claro, então, se estava do outro lado. Política tem que ter posição, né?", disparou. 

Botelho relembrou que Pivetta, ao contrário de outras lideranças do grupo político, não participou ativamente de sua campanha à prefeitura de Cuiabá, embora seu partido tenha participado da chapa e endossado o projeto. Agora, Pivetta apareceu manifestando apoio público a Abilio, que saiu vitorioso no primeiro turno. O vice-governador se referiu ao candidato do PL como o único que tem 'coragem' para enfrentar os problemas da Capital. 

"O partido estava conosco, inclusive indicou o vice, agora, se ele já estava traindo até o partido, aí eu não sei, ele que tem que falar", alfinetou Botelho. 

Essa é a primeira vez que o deputado demonstra descontentamento com ex-aliados pelo apoio a outros candidatos no segundo turno. Com relação ao governador Mauro Mendes (UB) e ao secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia (UB), Botelho procurou tratar a situação com naturalidade, frisando que o União Brasil optou por liberar seus filiados para que tomassem suas próprias decisões.

Fabinho, que chegou a rivalizar espaço com Botelho e lançou pré-candidatura, cutucou o correligionário logo após a derrota e disse que, caso tivesse o nome nas urnas, o resultado seria diferente para o partido. Mesmo assim, Botelho evitou polêmicas e se voltou à ALMT. Ele também optou por manter a neutralidade na segunda fase das eleições. 

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