O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) entregou nove perguntas para os peritos que determinarão se o ex-policial militar Almir Monteiro dos Reis era inimputável à época do estupro e feminicídio da advogada Cristiane Castrillon, em agosto de 2023. Caso a perícia reconheça que o ex-PM não tinha condições de entender seus próprios atos, o laudo poderá resultar na absolvição imprópria de Almir Monteiro dos Reis, que seria submetido à internação.
As nove perguntas foram encaminhadas ao Judiciário pelo promotor Jorge Paulo Damante Pereira no início de dezembro. Ao longo dos questionamentos, o MP tenta apurar se, na ocasião do crime, o ex-PM portava algum tipo de doença mental ou atraso no desenvolvimento; se em decorrência de eventuais transtornos ou atrasos, era incapaz de entender o caráter criminoso; se tinha entendimento da ilicitude e, em caso que se comprove a incapacidade, qual medida é recomendada ao réu, a internação ou tratamento ambulatorial.
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Agora, está aberto à defesa de Almir, patrocinada pela Defensoria Pública, o prazo pala elaboração dos próprios quesitos a serem analisados durante a perícia. Caso os peritos descartem a tese de insanidade, o processo retornará ao seu curso normal e o ex-PM passará por audiência de instrução e julgamento. A sessão foi marcada para o dia 9 de outubro e adiada em razão do imbróglio.
O Ministério Público chegou a constetar o pedido de instauração de incidente de insanidade. Na ocasião, o MP antecipou os quesitos que apresentaria no incidente de insanidade, caso o pleito fosse acolhido. Contudo, somente em dezembro pôde oficializar os questionamentos.
O incidente de insanidade foi acolhido para dirimir as dúvidas acerca das condições de saúde mental do ex-PM. Anteriormente, Almir foi diagnosticado com esquizofrenia, mas laudos mais recentes atestavam que ele estava apto inclusive para trabalhar.
RELEMBRE O CASO
Almir Monteiro dos Reis é réu por estuprar e matar, com requintes de crueldade, a advogada Cristiane Castrillon. Ele também responde por fraude processual por ter dissimulado a cena do crime.
O ex-PM segue preso preventivamente na cadeia de Chapada dos Guimarães (62 km de Cuiabá). Ele chegou a ser denunciado por ocultação de cadáver, mas o juiz rejeitou a hipótese, afirmando que o local onde o corpo foi deixado era de fácil acesso. Castrillon foi encontrada morta dentro de seu carro, no estacionamento próximo ao Parque das Águas, em Cuiabá, no dia 13 de agosto.
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