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Justiça Quinta-feira, 28 de Novembro de 2024, 13:44 - A | A

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Quinta-feira, 28 de Novembro de 2024, 13h:44 - A | A

CASO ZAMPIERI

Mensagens de "celular bomba" revelam que Zampieri temia pela vida: "agora tô morto"

Ao final do processo que fez o advogado temer pela vida, a decisão teria sido favorável após aparente pagamento de R$ 200 mil reais à assessora do STJ.

ALINE COÊLHO
Redação

O receio do advogado Roberto Zampieri pela própria segurança não era algo novo. É o que demonstra as mensagens do “celular bomba” expostas na decisão do ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que deflagrou a Operação Sisamens, nesta terça-feira (26).  

Morto a tiros em dezembro do ano passado, Zampieri usou o celular para enviar pelo WhatsApp as mensagens “PELO AMOR DE DEUS!”, “tô agoniado” e “tô morto”. 

As mensagens foram encontradas numa conversa do advogado com um amigo. Eles falavam sobre uma disputa de terras localizadas no município de Santa Terezinha. O amigo em questão é Andreson de Oliveira Gonçalves, lobista preso esta semana na Operação Sisamens, e as mensagens datam de abril de 2021.  

Conforme a investigação, Andreson teria acesso privilegiado a decisões antecipadas de ministros do STJ e dessa forma, vendia sua influência para garantir decisões favoráveis. No caso das mensagens transcritas do WhatsApp do advogado pela Polícia Federal (PF) e apresentadas nos autos do STF, Zampieri apelava à Andreson para que decisão sobre as terras fosse ajustada aos seus interesses. 

A petição de Zampieri sobre a disputa de terras estaria sob a relatoria da Ministra Nancy Andrighi, e solicitou a Andreson que conversasse “com sua amiga” para influenciar na decisão. Amiga essa que por sua vez, seria a servidora do STJ Waleska Bertolini Vieira Mussalem. O desespero de Zampieri pode ser conferido na transcrição das mensagens:

Zampieri: “Pode falar? Anderson, veja com sua amiga. Pelo AMOR DE DEUS!!!!!!”.

Andreson: “Já falei Zamp. Já falei hoje.”

Zampieri: “Isso é bom. Alguma novidade?”.

Andreson: “Com a Valesca”.

Zampieri: “No sistema aparece que não foi juntado ainda no processo”.

Andreson: ”Hoje falei ao damalir. Tô agoniado”. 

Dois meses depois, em 24 de junho, Roberto Zampieri encaminhou um arquivo a Andreson com a decisão proferida no CC n. 178.847/MT seguido das mensagens: 

Zampieri: “Opa. Agora eu To morto meu amigo”.

Zampieri: “Por favor veja com sua amiga o que tem que ser feito p ELA CORRIGIR ESSA DECISÃO, se não eu to morto meu amigo”. 

Alguns dias depois, Zampieri falou a Andreson que o processo é um daqueles casos em que a questão não é financeira, “mas sim a bandidagem e o crime contra uma família”. E reforçou que não poderia perder. O lobista respondeu que organizaria com Waleska, e num áudio, disse que a assessora o informou se tratar de um “negócio grande, uma fazenda grande em Tangará”, e que “ela vai falar alguma coisa sobre valor, mas pode deixar que eu te falo”.

Depois dessa conversa, em 15 de outubro, o advogado perguntou ao lobista sobre Waleska, ao que Andreson respondeu: “Bom dia, deixa pronto os 200 ela já organizou”. Segundo informações do Conselho Nacional de Justiça, o AResp. n.1.896.587/MT foi julgado e improvido, tal como desejava o advogado Roberto Zampieri.

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