A Comissão de Ética da Câmara de Cuiabá remarcou a oitiva do líder do governo, Marcrean Santos (MDB), acusado de invadir uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Municipal de Cuiabá (HMC). Marcrean é esperado nesta segunda-feira (2). Essa é a terceira tentativa de coletar o depoimento do vereador, dando a ele mais uma chance de fazer sua defesa. Na terça-feira (3) encerra o prazo para o grupo se trabalho concluir o procedimento disciplinar.
Segundo o relator Wilson Kero Kero (PMB), a data foi negociada diretamente com Marcrean. O presidente da comissão, Rodrigo Arruda e Sá (PSDB), conversou com o vereador e seus advogados que concordaram em comparecer. Arruda e Sá abriu espaço para que Marcrean leve as testemunhas arroladas no processo que a Comissão de Ética não conseguiu convocar por falta dos dados pessoais.
"Estamos dando todas as oportunidades possíveis do Marcrean fazer sua defesa. O senhor já falou com ele e ele se dispôs a vir. Mas que ele saiba que não temos outra oportunidade. Já demos mais prazo, só que se passar no dia 2 de dezembro, temos algumas ações para acontecer nessa Casa e, se transcorrer tudo com normalidade, o enceramento dos trabalhos na Câmara deve ficar para o dia 28 dezembro. Temos que terminar com tempo para votar o parecer em plenário", destacou Kero Kero.
A comissão tem até a próxima terça-feira (3) para concluir o processo de investigação. O relator terá menos de 24 horas para entregar o parecer após as oitivas. Além do líder do governo, Kero Kero reiterou o pedido para que um representante da administração do HMC seja ouvido.
ACUSAÇÃO
Marcrean foi denunciado pelo médico Marcos Vinicius de Oliveira. Ele compareceu à oitiva e afirmou que o vereador usou um nome falso, se passando por "Zé Maria". Quando foi impedido de acessar a UTI, revelou sua verdadeira identidade. O médico disse que o vereador ignorou as proibições e invadiu a UTI.
Conforme Marcos Vinicius, haviam pacientes nus que foram constrangidos pelo parlamentar. O servidor ainda contou que foi convidado para reuniões na Secretaria Municipal de Saúde onde houve a tentativa de fazê-lo retirar a denúncia, mas como Marcrean não se desculpou publicamente, o médico decidiu manter as acusações.
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