O deputado estadual Carlos Avallone (PSDB) lamentou a extinção da Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat) anunciada pelo governo de Mato Grosso. Avallone, que é presidente da Comissão de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Recursos Minerais na Assembleia Legislativa, acredita que a Pasta é "subutilizada", deixando de ter o seu potencial explorado, cuidando apenas de assuntos secundários quanto a mineração. O parlamentar disse que o encerramento da Metamat ocorre em um momento delicado, no meio do segundo mandato do governador Mauro Mendes (União Brasil).
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"Acho que a Metamat tem um potencial muito maior do que acabou sendo utilizada. Poderia fazer muito mais coisas. Lembro que quando era secretário de Indústria e Comércio, no governo Dante de Oliveira, tivemos uma parceria com a indústria chinesa para fazermos o levantamento das áreas de mineração do estado. Conseguimos mapear a questão da mineração e acabaram deixando a Metamat para fazer entregas de calcário, discutir com os garimpos pequenos, como é em Peixoto, emendas parlamentares para perfurar poços. Está sendo subutilizada, poderia prestar um trabalho muito maior", opinou Carlos Avallone à imprensa nesta segunda-feira (25) no Palácio Paiaguás.
Avallone apontou que o momento político não é satisfatório para a medida de acabar com a companhia. Segundo ele, se for confirmada a candidatura de Mauro Mendes ao Senado em 2026, o governador teria menos de um ano e seis meses para concluir suas ações, o que poderia inviabilizar a fusão administrativa entre a Metamat e a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec-MT). Para formalizar a medida, Mendes deve encaminhar uma mensagem do Executivo à AL. O projeto de lei será votado pelos deputados que aguardam a chegada do texto para entender como se dará o processo.
"Acho que terminando o segundo ano de governo, no segundo mandato, começando o terceiro ano e o governador terá mais um e quatro meses de mandato. É um momento que não é fácil passar encerramento, liquidação. Vamos esperar como vai chegar esse (projeto) lá (na AL)", falou Carlos Avallone.
Contrário à extinção, o deputado ainda disse que espera o reaproveitamento dos geólogos da Metamat na Sedec. Conforme ele, MT não pode dispensar "cabeças pensantes" responsáveis por construir a história da mineração no estado.
"Nós temos um estado que tem um processo de mineração muito grande. Se passar para a Sedec, temos um quadro de geólogos que são os que mais entendem, essas pessoas precisdam ser aproveitadas pelo Estado, não poderíamos perder essas cabeças pensamentes. Vamos ver como vem (o PL), se eles serã aproveitados na Sedec. A mineração é essencial e precisamos ter alhguém tratando desse assunto com profundidade", encerrou Avallone.
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