O advogado Antônio João de Carvalho Júnior é um dos alvos da Operação Office Crime, desencadeada nesta quinta-feira (28), para aprofundar as investigações sobre a morte do ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso (OAB-MT), Renato Nery. Antônio João foi representado pela vítima pouco antes do assassinato. No documento encaminhado à OAB, Renato Nery acusava o colega de profissão de comandar um 'escritório do crime' voltado à venda de sentenças. Todo imbróglio envolvia uma disputa de terras na região do Araguaia.
Além de Antônio João, outros dois advogados, sócios dele, foram alvos na operação desta quinta. Trata-se de Agnaldo Bezerra Bonfim e Gaylussac Dantas de Araújo, cujos mandados foram cumpridos em condomínios de luxo de Cuiabá. Também foi devassado o escritório de advocacia do trio, localizado na Capital.
Cesar Jorge Sechi e e Julinere Goulart Bastos, empresários de Primavera do Leste, fecham a lista de investigados na Operação Office Crime, cujo nome faz referência ao suposto escritório do crime denunciado por Nery e que teria encomendado sua morte.
O CASO
Renato Nery foi morto a tiros quando chegava em seu escritório, no bairro Pico do Amor, em Cuiabá, no início de julho deste ano. Ele chegou a ser encaminhado ao hospital, passou por cirurgia e morreu logo depois. Passados quase cinco meses desde o crime, o caso permanece sem solução.
Na época, Antônio João chegou a alegar que desconhecia a representação feita pela vítima contra ele. Também vieram à tona outras acusações, desta vez contra Nery, por parte de Wilma Terezinha Destro Fernandes, suposta dona da área em litígio no processo que envolvia Renato e Antônio. Ela imputou ao ex-presidente da OAB os crimes de ameaça e falsificação de documentos.
No dia 30 de julho, a delegacia especializada cumpriu três mandados de busca e apreensão nas cidades de Guarantã do Norte, Cuiabá e Várzea Grande, com o objetivo de coletar informações que corroboram as investigações.
Em setembro, a DHPP requisitou uma perícia complementar para auxiliar na identificação do executor do crime. Agora, com a nova ação policial, o objetivo é coletar mais provas que possa subsidiar as investigações.
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