Alvo de mandado de busca e apreensão pela Polícia Federal nesta quinta-feira (24), o lobista Andreson de Oliveira Gonçalves é considerado uma das peças-chave no esquema de venda de decisões judiciais que envolve advogados, servidores e ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A investigação avançou após o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) identificar movimentações bancárias suspeitas do lobista. As informações são da revista Veja desta semana.
Os repasses financeiros de Andreson para um intermediário foram rastreados até o ministro Paulo Moura Ribeiro, levantando sérias suspeitas sobre o envolvimento dele no esquema. Embora não haja provas diretas de que o ministro tenha cometido crime, a polícia decidiu encaminhar o caso ao Supremo Tribunal Federal (STF) para investigação, considerando o foro privilegiado dos ministros.
As investigações, mantidas sob sigilo pela Polícia Federal, foram iniciadas após a descoberta de mais de 3.500 arquivos no telefone do advogado Roberto Zampieri, assassinado em Cuiabá no final do ano passado. Esses documentos revelaram o modus operandi, incluindo gravações em que Andreson fala sobre a pressão que recebe de servidores do STJ para o pagamento de decisões judiciais vendidas.
Em áudios datados de julho de 2020, Andreson pede a Zampieri que quite dívidas referentes a supostas decisões judiciais compradas, expressando preocupação com a demora nos pagamentos e alertando que isso poderia colocar o esquema em risco. As gravações mostram uma dinâmica de cobranças insistentes, onde Andreson enfatiza a urgência e a importância de honrar os compromissos financeiros com os assessores do STJ.
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