A juíza Anna Paula Gomes de Freitas, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, negou nesta terça-feira (8) o pedido da defesa do coronel do Exército Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas para a extensão do prazo de apresentação das alegações finais. Ele é um dos acusados pelo assassinato do advogado Roberto Zampieri, morto a tiros em dezembro de 2023, quando saía de seu escritório no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá.
Os advogados de Caçadini solicitaram mais tempo para acessar o conteúdo de um HD que contém dados extraídos do celular da vítima. O pedido foi indeferido pela magistrada, que destacou que a defesa teve 20 dias para realizar o procedimento, mas só nomeou um perito técnico no último dia do prazo.
“Basta à Defesa, como já mencionado nas duas últimas decisões proferidas por esta Magistrada nos autos, entrar em contato com o Gestor da Vara, que já está à disposição para atendê-los. Contudo, poderia ser iniciado amanhã mesmo, caso a pessoa nomeada pelos Defensores confirmasse e comparecesse para a realização da cópia”, esclareceu.
De acordo com a juíza, a tarefa de copiar os arquivos do HD não é considerada uma perícia, mas um procedimento técnico simples, e o agendamento para a realização da cópia já estava disponível desde 18 de setembro de 2024. A magistrada reiterou que os advogados poderiam ter acessado os dados a qualquer momento, mas não o fizeram.
Com a negativa de extensão do prazo, o processo segue para a apresentação das alegações finais da defesa, estando concluso para sentença. Os defensores, a assistência de acusação e o Ministério Público foram intimados sobre a decisão.
“Sem delongas, indefiro o referido pleito pelos mesmos argumentos e fundamentos exaustivamente declinados na decisão de dezenove páginas proferida na data de ontem”, finalizou.
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O CRIME
Em dezembro de 2023, o advogado Roberto Zampieri foi assassinado a tiros ao sair de seu escritório no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá. Os principais suspeitos do crime, segundo o Ministério Público e a Polícia Civil, são Antônio Gomes da Silva, Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas e Hedilerson Fialho Martins Barbosa.
A investigação aponta que o homicídio foi premeditado e executado em conjunto pelos réus, possivelmente motivado por interesses relacionados à atividade profissional de Zampieri. Todos os três estão presos preventivamente e aguardam julgamento.
O empresário Aníbal Laurindo, que havia perdido uma disputa de terras com Zampieri, é considerado o mandante do crime. Temendo que a propriedade do irmão também fosse afetada, Laurindo teria ordenado a morte do advogado, supostamente com a ajuda de Etevaldo, que teria se associado a ele através de um grupo de simpatizantes do ex-presidente Jair Bolsonaro.
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Critico 09/10/2024
E A INVESTIGACAO DO ASSASSINATO DO EX PRESIDENTE DA OAB? ATE AGORA NADA? TEM MAIS DESEMBARGADORES E JUIZES ENVOLVIDOS? A SOCIEDADE HONESTA QUER RESPOSTA!
1 comentários