A juíza Alethea Assunção Santos, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, determinou a intimação de Cristiane Patrícia Rosa Prins, esposa de Paulo Witer Farias Paelo, o WT, e outros seis réus para que apresentem justificativas por supostas violações no uso do monitoramento eletrônico. A decisão é desta segunda-feira (14).
Todos eles foram alvos da Operação Apito Final, deflagrada em abril de 2024, que teve como principal alvo o “tesoureiro” do Comando Vermelho (CV) em Mato Grosso, o WT. Ele foi preso enquanto participava de um torneio de futebol com seu time ‘Amigos WT’, criado exclusivamente com o objetivo de lavar dinheiro do tráfico de drogas.
De acordo com o Ministério Público de Mato Grosso, os acusados estariam descumprindo as regras do uso da tornozeleira eletrônica, motivo pelo qual o órgão pediu a revogação da medida cautelar e a decretação da prisão preventiva de pelo menos um dos envolvidos, cujo nome não foi especificado na sentença. A magistrada, no entanto, optou por ouvir os réus antes de decidir.
“Quanto ao pedido de indeferimento de revogação da medida cautelar de monitoramento eletrônico e de decretação da prisão preventiva de um dos representados, observe-se que o Parquet apontou diversas violações quanto ao uso do dispositivo eletrônico de monitoração pelos representados. Assim, a fim de garantir o contraditório e a ampla defesa, intimem-se os representados”, decretou.
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Foram intimados a se manifestar: Cleyton Cesar Ferreira de Arruda, Cristiane Patrícia Rosa Prins, Thassiana Cristina de Oliveira, Alex Junior Santos de Alencar, Fabiana Maria Cerqueira dos Santos, Tayrone Júnior Fernandes de Souza e Mayara Bruno Soares Trombim.
A esposa de WT, que é mais conhecida como Patrícia Prins, conseguiu converter a prisão preventiva em domiciliar depois de seis meses, tendo recorrido até mesmo ao Superior Tribunal de Justiça. Na decisão que concedeu as medidas cautelares, o juiz João Filho de Almeida Portela considerou que, apesar de ter sido recentemente condenada a 10 anos e oito meses de reclusão por participação em organização criminosa e lavagem de dinheiro, Cristiane não possui condenação com trânsito em julgado.
Já Cleyton Cesar Ferreira de Arruda é considerado um dos “braços direitos” de Paulo Witer, enquanto sua esposa, Thassiana Cristina de Oliveira, usava a conta de um filho menor de idade para movimentar dinheiro ilícito. Ela também intermediou a compra de um apartamento de R$ 950 mil para WT e Patrícia.
Alex Junior Santos de Alencar é outro dos braços direitos do WT, que teria ajudado a movimentar R$ 1 milhão para o CV. Tayrone Júnior Fernandes de Souza seria o "faz-tudo" da organização. Ele era responsável pela comissão técnica do time de futebol "Amigos do WT" e também atuava na ocultação de bens em benefício da organização criminosa. Mayara Bruno Soares Trombim e Fabiana Maria Cerqueira dos Santos teriam papéis menores no esquema.
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