Em um julgamento que expôs a brutalidade do crime organizado em Mato Grosso, o Tribunal do Júri de Tangará da Serra (a 252 km de Cuiabá) condenou dois membros do Comando Vermelho (CV) por um homicídio que chocou a região. Gilberto Alves de Oliveira Junior, o "D'Glock", apontado como um dos líderes da facção na cidade, e Adão Silva Monteiro, conhecido como "Mago", foram considerados culpados por homicídio qualificado, corrupção de menor, coação de testemunha e participação em organização criminosa.
A sessão de julgamento, realizada no último dia 10, condenou "D'Glock" a 31 anos e 11 meses de prisão, além de multa, e "Mago" foi sentenciado a 23 anos, um mês e sete dias de reclusão, também com multa, diante da brutalidade do crime e da periculosidade dos dois.
A vítima, Jusselia de Aparecida dos Santos, namorada de um membro da facção rival Primeiro Comando da Capital (PCC), foi atraída para uma emboscada e submetida a tortura antes de ser executada. Segundo a denúncia, o crime foi motivado pela disputa por território e pelo controle do tráfico de drogas na região.
No dia 14 de fevereiro de 2023, Adão Silva Monteiro, um adolescente identificado como M.V.A.B., e um terceiro indivíduo não identificado, agindo sob as ordens de "D'Glock", foram até o bar de Jusselia. Armados, eles renderam a jovem e a forçaram a atrair seu namorado para o local, usando o celular dela para enviar mensagens. Com a ausência do alvo principal, Jusselia foi submetida a um "tribunal do crime" virtual, onde "D'Glock" decretou sua sentença de morte. Adão e o adolescente M.V.A.B. torturaram a vítima com um golpe violento no rosto, antes de desferir outros golpes fatais no pescoço e nas costas da jovem, que agonizou até a morte.
A crueldade dos assassinos não parou por aí. Eles filmaram e fotografaram a tortura e a execução de Jusselia, em cenas de extrema violência. Os executores fugiram do local, deixando as facas usadas no crime ao lado do corpo da vítima. A investigação policial levou à prisão do adolescente M.V.A.B., que confessou o crime e delatou o envolvimento de Adão e "D'Glock".
As autoridades também descobriram que Adão, sob ordens de "D'Glock", coagiu e ameaçou de morte uma testemunha do crime, Daniel Marcelino Dias, para que ele não identificasse os criminosos.
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