O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, manteve a prisão Dionísia de Jesus Rodrigues, acusada de participar da escavação de um túnel até a Penitenciária Central do Estado (PCE-MT) para viabilizar a fuga de criminosos de alta periculosidade vinculados à facção criminosa Comando Vermelho, dentre eles o 'presidente' da organização, Sandro Rabelo, o Sandro Louco. Na decisão publicada nesta quarta-feira (26), o magistrado destacou que Dionísia colocou a própria filha menor de idade para trabalhar nas escavações.
O juiz entendeu que não houve alteração fática que pudesse justificar a revogação da prisão preventiva, mesmo sob as alegações da defesa de que a prisão não preenche os requisitos autorizadores, uma vez que a ré é primária e o crime foi cometido sem violência. O titular da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, porém, considerou a gravidade da contuda, que poderia terminar com a fuga dos 'chefões' do Comando Vermelho de Mato Grosso.
O magistrado destacou que por muito pouco o plano não foi bem sucedido, já que, quando da interceptação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), os criminosos já tinham cavado 30 metros em direção ao Raio 6 da PCE. As coordenadas encontradas em posse do grupo levavam, especificamente, às celas onde estão presos Sandro Louco e outros líderes do CV.
"Além disso, outro fator que revela a gravidade concreta da conduta é que a equipe criminosa contava com o auxílio de adolescentes, sendo um deles, inclusive, a filha da denunciada DIONISIA, conforme se extrai das declarações prestadas por ela perante a Autoridade Policial", acrescentou o magistrado ao negar o pedido.
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