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Justiça Sexta-feira, 31 de Janeiro de 2025, 08:31 - A | A

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Sexta-feira, 31 de Janeiro de 2025, 08h:31 - A | A

EM ALA LGBTQIA+

Juiz investiga estupro coletivo em presídio em cidade de MT

MP e Corregedoria investigam o caso

DA REDAÇÃO

O juiz da 1ª Vara Criminal de Tangará da Serra (242 km de Cuiabá), Ricardo Frazon Menegucci, instaurou um procedimento investigativo para apurar o estupro de um detento do Centro de Detenção Provisória da comarca.

O magistrado determinou que a unidade prisional transfira imediatamente a vítima para um local seguro, preferencialmente uma unidade de saúde prisional ou hospital público, a fim de receber os cuidados médicos e psicológicos necessários. Além disso, ordenou que o presídio adote medidas urgentes para reforçar a segurança na ala LGBTQIA+ e isole os seis agressores, garantindo a ordem e a segurança do estabelecimento penal.

O juiz também determinou que a equipe multidisciplinar da unidade preste atendimento psicossocial à vítima e acompanhe os demais detentos da ala. A unidade deve encaminhar um relatório detalhado ao magistrado sobre os protocolos de segurança vigentes e apresentar um plano de ação para evitar novos incidentes.

No âmbito do procedimento investigativo, o magistrado irá apurar o uso indevido de medicamentos dentro do Centro de Detenção.

Além disso, o juiz remeteu informações ao Ministério Público e à Corregedoria do Sistema Penitenciário para a instauração de investigações sobre o ocorrido.

Ao fundamentar sua decisão, o magistrado ressaltou que a dignidade da pessoa humana é um princípio fundamental que deve ser respeitado, mesmo no ambiente prisional. Ele destacou que o Estado, ao privar alguém da liberdade, assume a responsabilidade por sua integridade física e moral.

LEIA MAIS: Presidiário é dopado com "rivotril" e estuprado por seis outros detentos

De acordo com a denúncia, um detento da ala LGBTQIA+ do Centro de Detenção Provisória de Tangará da Serra relatou ter sido estuprado por seis outros presos na noite da última segunda-feira (27 de janeiro).

A vítima afirmou que foi forçada a ingerir uma bebida misturada com medicamentos e, após ser dopada, sofreu violência sexual por parte do grupo.

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