A audiência onde irão depor os réus da operação Ararath foi marcada para as próximas quinta e sexta-feira (7 e 8 de agosto). O ex-secretário de Fazenda do Estado, Eder Moraes será o primeiro a ser ouvido. Ele acompanhou desde quinta-feira (31) os depoimentos das testemunhas de defesa dos réus, na sede da Justiça Federal, em Cuiabá. Réu no esquema de lavagem de dinheiro, Eder deixou o local em uma viatura da Polícia Federal, por voltas das 15h40, e foi levado, de volta, para a sede Polinter, no bairro Centro América, na capital.
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Tudo indica que Eder irá depor durante toda a tarde de quinta-feira (07), podendo o se estender até sexta. Isso porque além de fazer sua própria defesa, o réu, acusado de ser o operador de um esquema fraudulento contra o sistema financeiro em Mato Grosso terá que falar sobre o envolvimento dos outros três supostos envolvidos no esquema, o ex-superintendente do Bic Banco, Luiz Antonio Cuzziol, a esposa Laura Tereza Costa Dias, o ex-secretário do Tesouro do Estado, Vivaldo Lopes.
Na fase do processo que terminou hoje, o juiz federal Jefferson Schneider, da 5ª Vara Federal de Cuiabá, ouviu 21 testemunhas de defesa dos acusados. Foram ouvidos hoje, as testemunhas de defesa de Vivaldo Lopes e da esposa de Eder Moraes Dias, Laura Dias, o do superintendente do Bic Banco, Luiz Carlos Cuzziol.
Prevista para depor ontem (31), Karina Nogueira, ex-esposa do empresário Gércio Marcelino Mendonça Júnior (Junior Mendonça), proprietário Amazônia Petróleo e delator do esquema, foi impedida de depor em favor de Eder Moraes. Shneider entendeu que a defesa demorou a citar Karina como testemunha. Ela é o epicentro do início das investigações.
AS DEFESAS
O advogado Ulisses Rabaneda, que faz a defesa de Vivaldo Lopes, disse que todas as testemunhas apontaram para a inocência de Vivaldo. O ex-secretário é acusado de, junto com Eder, praticar em seis ocasiões o crime de lavagem de dinheiro.
Já o advogado Helcio Correa, que defende o superintendente regional do Bic Banco, Luiz Carlos Cuzzio, diz que faz uma boa avaliação de todos os depoimentos das pessoas arroladas como testemunhas. Segundo ele, todas as provas conduziram Cuzzio à inocência. “Se fosse um país mais evoluído o Ministério Público pediria imediatamente o arquivamento da ação porque ficou provado que o Bic Banco é banco por atacado, ou seja só atende empresas, fomenta investimentos”, declarou.
Segundo Correa, ficou comprovado nos autos que não há irregularidades nas movimentações do banco. O advogado acompanha a evolução do processo e acredita que Cuzziol possa ser absolvido da ação.
EMPRESA FAMILIAR
Todos os advogados dos réus declaram à imprensa que seus clientes são inocentes e serão liberados brevemente. O advogado de Laura Tereza da Costa Dias, Mardem Tortorelli, disse que os depoimentos contribuíram para inocentar Laura.
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Tortorelli acredita que Eder Moraes jamais enganou a esposa, conforme noticiado pela imprensa. “A empresa Laura Tereza da Costa Dias-ME é uma empresa familiar, somente a gestão da empresa era feito por Eder Moraes, não existe engano. Laura não era mandada por Eder. A empresa prestava serviços de assessoria, e cuidava inclusive da carreira da filha do casal que atuava como cantora. A empresa é antiga e não foi criada para ser usada como laranja”, defendeu.
De acordo com as investigações a empresa em nome de Laura era usada para lavagem de dinheiro. Ela não participou da audiência realizada hoje, mas a data pode ter sido definida nesta tarde.
(Atualizada as 17h45).
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Marlon Cesar 03/08/2014
...E eu com isso...!!!????
1 comentários