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Justiça Quarta-feira, 09 de Outubro de 2024, 16:13 - A | A

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Quarta-feira, 09 de Outubro de 2024, 16h:13 - A | A

FIZERAM O “3” COM AS MÃOS

Irmãs foram amordaçadas e torturadas por pelo menos três horas

Denúncia do Ministério Público aponta intensa tortura, envolvendo agressões e ameaças

ANDRÉ ALVES
Redação

Rithiele e Rayane Alves Porto, antes de serem assassinadas no dia 14 de setembro, em Porto Esperidião (322 km de Cuiabá), após serem confundidas com integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC), foram torturadas por pelo menos três horas, juntamente com Roebster Alves Porto. É o que aponta a denúncia do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), assinada pelo promotor Pedro Facundo Bezerra, da Comarca de Porto Esperidião.

Além deles, Higor Felipe Bazan e Victor Allan Sanches dos Passos também foram sequestrados, mas conseguiram escapar sem ferimentos.

“Considerando os horários registrados pelas câmeras de segurança na chegada das vítimas, bem como o horário das ligações exigindo resgate, conclui-se que houve pelo menos três horas de intensa tortura, envolvendo agressões e ameaças”, diz trecho da denúncia.

As vítimas foram agredidas brutalmente. Os cabelos das irmãs foram cortados com faca, e um pedaço de madeira molhado, para ficar mais pesado, com prego foi usado para causar lesões graves, incluindo a perfuração do abdômen de Rayane. Rithiele e Roebster sofreram mutilações, com dedos e orelhas sendo cortados.

“Durante a madrugada, as vítimas foram separadas. Rithiele, Rayane e Roebster foram levados para outro cômodo da casa, onde os atos de crueldade se intensificaram. Ana Cláudia utilizou o pedaço de madeira com prego para agredir Rayane, chegando a cravar o prego diretamente na barriga da vítima. Maikon, Ana Cláudia e um adolescente cortaram os dedos de Rithiele e Rayane, além de cortarem um dedo e a orelha de Roebster. Enquanto as vítimas gritavam, Ana Cláudia usou um pano como mordaça para abafar os pedidos de socorro”, detalhou o promotor.

Mesmo após o pagamento de um resgate de R$ 11 mil, as torturas continuaram, culminando no assassinato de Rayane, degolada por Maikon, e de Rithiele, que teve o pescoço cortado após desmaiar.

LEIA TAMBÉM: Criminosos planejaram assassinato de irmãs durante cinco dias, aponta MP

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