Dilmar fecha acordo e pagará R$ 210 mil em ação que apura recebimento de propina

Camila Ribeiro/HNT

O deputado estadual por Mato Grosso, Dilmar Dal Bosco (União), concordou em pagar R$ 210 mil em um acordo de não persecução penal para encerrar uma ação sobre fraude em licitação do transporte público intermunicipal.

Inicialmente, o acordo firmado em maio estipulava uma multa de R$ 150 mil. No entanto, o desembargador Marcos Machado, do Tribunal de Justiça, considerou o valor insuficiente e suspendeu o processo, determinando que o montante fosse equivalente ao apontado na denúncia.

Com a proposta atualizada, caberá ao desembargador confirmar se o deputado se livrará da denúncia pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

A ratificação do acordo foi feita na quinta-feira (4) pelos advogados de Dilmar, que concordou em pagar mais R$ 60 mil em relação ao acordo original, totalizando R$ 210 mil. A quantia será destinada à Casa de Apoio do Hospital do Câncer.

OPERAÇÃO ROTA FINAL

A Operação Rota Final, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (GAECO) e pelo Ministério Público Estadual (MPE) de Mato Grosso em 2018, revelou um vasto esquema de corrupção no setor de transporte intermunicipal do estado. A operação teve como principais alvos o deputado estadual Dilmar Dal Bosco (DEM) e o ex-deputado Pedro Satélite (PSD), além de empresários e servidores públicos.

A investigação apontou a existência de fraudes em processos licitatórios, favorecimento ilícito a determinadas empresas de transporte e o recebimento de vantagens indevidas por parte de políticos e servidores. A suspeita era de que os envolvidos utilizavam suas posições de poder para direcionar contratos públicos a empresas específicas, recebendo propinas em troca.

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