Investigações da Polícia Civil indicam que o 'braço direito' do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, em Brasília, atuava como 'laranja' do delegado de Peixoto de Azevedo (673 km de Cuiabá), Geordan Fontenelle, preso na Operação Diaphthora. Bruno Ornelas aparece como sócio-administrador da GF Consultoria em Segurança Ltda, contudo, as evidências indicam que o comissionado do governo mineiro não mantém negócios em Mato Grosso.
No período em que, em tese, estaria exercendo as funções de administrador da empresa de segurança privada, Ornelas estampava os jornais sob acusações de envolvimento em esquemas de corrupção. Dentre os escândalos consta a cobrança de propina no valor de R$ 100 mil para viabilizar a nomeação de um advogado no Departamento de Trânsito de Goiás.
"Os eventos mencionados nas reportagens acima colocam em questionamento a conduta de BRUNO VEIRA ORNELAS, sócio do Delegado GEORDAN, que tem seu nome envolvido em esquema de corrupção no Estado de GOIÁS, e que, por serem publicações recentes, reforça o fato de que, aparentemente, BRUNO ORNELAS não exerce nenhuma atividade no Estado de Mato Grosso", diz trecho do relatório da investigação.
Os serviços da GF Consultoria em Segurança Ltda, por sua vez, eram negociados com garimpeiros da região por intermédio de um advogado. Além da segurança privada, Fontenelle é investigado por oferecer outras vantagens aos garimpeiros, a exemplo de 'acomodações especiais' na delegacia para os empresários alvos de operação.
O local, destinado na verdade aos servidores da Polícia Civil, era loteado pelo delegado que chegou a cobrar até R$ 10 mil pela 'diária' no local. Quem pagava pela 'hospedagem' contava com ar-condicionado e outras benesses incompatíveis com as celas comuns.
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Fontenelle chegou a ser preso em abril, mas foi beneficiado com habeas corpus nesta semana. Decisão da Quarta Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) determinou a soltura do delegado. Em contrapartida ao relaxamento da prisão, a decisão colegiada impôs uma série de cautelares ao policial como monitoramento eletrônico, suspensão do porte de arma e afastamento do cargo.
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