O deputado estadual Wilson Santos (PSD) deixou os colegas do PL, Elizeu Nascimento e Gilberto Cattani, em uma situação difícil ao apresentar moção de aplauso ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), por mudar de ideia e admitir o uso de câmeras nas fardas dos policiais militares. A honraria foi aprovada pela maioria, porém, Elizeu e Cattani votaram contra, desprestigiando o ex-ministro de Infraestrutura na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Wilson se utilizou da mudança de posicionamento de Tarcísio para retomar a discussão do projeto de lei da sua autoria que tenta implementar a câmera nas fardas em Mato Grosso. A matéria tramita na Assembleia Legislativa desde 2021 e está engavetada na Comissão de Segurança Pública, presidida por Elizeu.
"Esse é um assunto polêmico que arrasta paixões e coloca alguns colegas em situação de constrangimento porque reconhece que Tarcísio de Freitas é um quadro e vem fazendo um bom governo em São Paulo, mas votam contra a moção ao Tarcísio que pertenceu ao governo Bolsonaro, mas também pertenceu ao governo Dilma Houssef, muitos esquecem que foi diretor do Dnit na gestão do PT. É preciso falar a verdade completa", provocou Wilson na tribuna.
Essa é a terceira moção que Wilson propõe a Tarcísio. A primeira foi em 2019 quando o governador ainda estava no staff de Bolsonaro e se uniu ao governador Mauro Mendes (União Brasil) para aprovar a duplicação da BR-163. A atualização da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS) de São Paulo rendeu a segunda honraria.
Ao justificar o seu voto, Gilberto Cattani lembrou que foi favorável as duas outras moções, mas ficaria contrário a essa por reconhecer uma "ação" em específico do governador de SP que "vigiava e cerceava" os policiais.
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Elizeu Nascimento, que é sargento da PM, acompanhou Cattani e disse que o uso das câmeras nas fardas não condiz com a realidade de Mato Grosso, estado que apresenta o crescimento das facções criminosas.
"Não posso concordar com a moção de Wilson", disparou o deputado. "Não posso compactuar com certas politicagens", emendou Nascimento.
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