Nas eleições de 2026, o União Brasil lançará nove candidatos à Assembleia Legislativa, caso a federação com o PP e o Republicanos seja consolidada. O vice-presidente da AL, Júlio Campos (UB), explicou que seis candidatos serão homens e três mulheres. Campos pontuou que a sigla tem sete nomes como pré-candidatos, o que dificultaria que candidaturas de ex-prefeitos à Casa de Leis.
"A legislação federal diz que cada partido pode lançar um número de vagas. No União Brasil poderemos lançar 28. Se fazer federação com o PP e o Republicanos, nós só poderemos lançar 28, dos quais tira 30% que é de mulheres. Ficariam 19 vagas para três partidos, seis candidatos", esclareceu Júlio Campos nesta quarta-feira (12).
O número limitado de vagas será um empecilho aos ex-prefeitos que tentam se viabilizar como candidatos à AL
A federação é construída pela nacional. Campos destacou que, embora os diretórios regionais não participem dos diálogos, em Mato Grosso o União Brasil não deverá enfrentar muitos problemas, considerando que o PP e o Republicanos são aliados do partido. O debate mais acalorado se dará para decidir quem será o candidato ao governo. Júlio ressaltou que as três agremiações tem pré-candidatos com potencial para representar o grupo: o senador Jayme Campos (União Brasil), o ex-senador Cidinho (PP) e o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos).
O número limitado de vagas será um empecilho aos ex-prefeitos que tentam se viabilizar como candidatos à AL, observou Júlio. O cenário exigirá diálogo para que filiados não esvaziem os diretórios do interior.
"O PP já é aliado do União Brasil. O Republicanos presidido pelo vice-governador Otaviano Pivetta e o Milton Sachetti já são aliados. A dificuldade é a de acomodar todos ", reforçou Júlio.
Para solucionar a disputa interna entre Jayme, Cidinho e Pivetta, o deputado estadual sugere realocar um dos pré-candidatos ao Senado. O plano fortaleceria o projeto de Mauro Mendes que é ventilado para concorrer uma das cadeiras em Brasília.
"A nível majoritário temos três pré-candidatos a governador. Teríamos que acomodar um para o Senado, outro poderia ser possível uma composição, mas não é fácil", falou Júlio.
RETORNO DE BETO AMEAÇADO
Outra liderança lembrada por Júlio é o deputado Beto Dois a Um que, embora tenha deixado o União Brasil para se filiar ao PSB, continua com relações estreitas com o grupo do governador Mauro Mendes e não descarta a possibilidade de voltar à sigla. Nesse cenário, seria mais um nome para acomodar na chapa junto à federação, conforme lembrou Júlio.
"O União Brasil tem sete candidatos naturais (a deputado estadual). Além de Júlio Campos, tem Eduardo Botelho, Dilmar Dal Bosco, Sebastião Rezende e [possivelmente] o Beto dois a Um. Temos três suplentes que estão assumindo com frequência, quer dizer, já são sete candidatos. Não teríamos nenhum ex-prefeito que pretendesse ser candidato. É complicado essa federação a nível estadual", destacou.
Caso a federação se consolide, a probabilidade mais natural é de que Beto opte por seguir no PSB ou ir para outra sigla para não correr o risco de ficar sem vaga para concorrer à reeleição.
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