O presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), Sérgio Ricardo, recomendou ao governador Mauro Mendes (União Brasil) que rescinda o contrato com as três empresas que compõem o Consórcio BRT (ônibus de trânsito rápido). De acordo com o presidente, as empresas não têm condições de tocar as obras, cujo cronograma está atrasado. Sérgio destacou que a entrega era para ter ocorrido em 2024, mas o consórcio pediu um aditivo e nova previsão é 2026. Conforme o presidente, quanto mais tempo passar, as obras custarão mais dinheiro aos cofres públicos.
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"Temos uma opinião formada e fica a dica para o governador: essas três empresas que assumiram essa obra, definitivamente, não têm condições de tocar ou continuar essa obra. A dica, eu entendo que é o caminho, é o governo rescindir, fazer uma contratação emergencial e trazer uma emrpesa que comece e termine, com prazo pra começar e terminar", disparou o presidente do TCE-MT nesta quinta-feira (30).
Sérgio Ricardo tem feito vistorias com o vice-presidente da Corte de Contas, Guilherne Maluf, durante essa semana. Segundo ele, os operários não estavam em seus postos de trabalho e os maquinários são ultrapassados. Para o presidente do TCE, as empreiteras demonstraram que não são capazes de executar um projeto classificado por ele como "simples", considerando que a terraplanagem das avenidas estão prontas.
"Já vemos prejuízo para a sociedade. Percorremos a semana toda as obras, andando, não tem gente trabalhando. Essas empresas não têm condições financeiras para continuar essa obra. O governador fez o que pôde, acreditou e agora é o governador que pode fazer isso. Na nossa opinião, não dá para ficar conversando com essas empresas", asseverou.
O consórcio BRT é formado pelas empresas Nova Engevix Engenharia e Projetos S.A., Heleno & Fonseca Construtécnica S.A. e Cittamobi Desenvolvimento em Tecnologia Ltda. O contrato foi fechado em 2022 pelo valor de R$ 468.031.500,00. Sérgio Ricardo reforçou que para que o acordo fosse aprovado, o governo precisou consultar o TCE e o mesmo acontecerá para a quebra do contrato. De antemão, ele adiantou ser favorável que a parceria seja suspensa.
"Essa empresa já mudou a data, mudou os valores e a tendência é que quando você demore, a obra vá ficando mais cara e aqui temos uma prioridade máxima que é a população. Essa obra está pertubando, incomodando, já deveria estar pronto. Essa obra é simples, jogar concreto em cima da rua que já estava pronta. Não tem grandes prontos, grandes obras. Essas empresas a gente olha que o maquinário é velho, não vai funcionar, não funcionou", concluiu.
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