O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), encaminhará projeto à Câmara Municipal para revogar lei que limita a contratação de médicos temporários na Capital. O prefeito justificou a medida ante a excepcionalidade da epidemia de dengue e chikungunya que tem sobrecarregado os sistemas de saúde tanto em Cuiabá, quanto em cidades vizinhas.
"E se os médicos que estão nas unidades de saúde ficarem doentes? Como eu vou contratar? O Emanuel deixou um monte de médico entrar de férias em período de arboviroses. Então, vamos revogar isso para gente poder fazer o chamamento público simplificado e contratar mais médicos", falou.
A contratação desenfreada de temporários na Saúde foi um dos motivos que pesaram na intervenção na SMS em Cuiabá. Um dos termos do compromisso firmado pelo município para retomar a gestão da Saúde prevê a manutenção do limite de 25% de contratações temporárias sobre o número de efetivos da Pasta.
Abilio, porém, defendeu que a medida é necessária para estabilizar os atendimentos nas UPAs e nas Unidades Básicas de Saúde, até que a prefeitura ganhe fôlego para viabilizar um concurso público.
DEMANDA ESPONTÂNEA
Embora tenha sofrido reação negativa por parte do Conselho Regional de Medicina (CRM), Abilio também endossou a absorção de uma parcela dos pacientes nas UBS da Capital. A medida já está em vigor e, conforme reforçou o prefeito, é prevista pelas diretrizes do Ministério da Saúde.
A principal crítica do CRM é de que a medida do prefeito pode levar pacientes mais graves a unidades que não tem a estrutura adequada. O prefeito, por outro lado, se mostrou irredutível. "Ver as UPAs lotadas e as Unidades Básicas de Saúde vazias causa constrangimento em qualquer um", asseverou.
Abilio conta com uma sala de monitoramento em seu gabinete na qual monitora a lotação nas UPAs e Unidades Básicas. Ele, inclusive, já chegou a alertar que pode fazer alterações nas equipes caso médicos se recusem a atender pacientes sem hora marcada.
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