O governador Mauro Mendes (União Brasil) disse que o ex-prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), atrasou as obras do BRT (ônibus de transporte rápido) em um ano. Defensor do VLT (veículo leve sobre trilhos), Emanuel se recusava a conceder as licenças as empreiteiras e só liberou os documentos após interferência da Justiça. O Consórcio BRT usou a briga política entre Mendes e Emanuel como uma das alegações para justificar o não cumprimento do cronograma. Mauro reconheceu que Emanuel foi um entrave.
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"Claro que procede. Isso que trazem nos autos é verdadeiro. Emanuel Pinheiro atrasou em um ano a obra em Cuiabá. Emanuel não dava licença, ele entrava na Justiça, no TCE. O consórcio tem razão", falou o governador à Rádio Vila Real nesta quinta-feira (30).
A briga política criou um efeito dominó, impedindo que as licenças de responsabilidade do governo de Mato Grosso fossem emitidas, uma vez que, segundo Mauro, elas "estavam amarradas à liberação da Prefeitura".
Mauro pontuou que esse histórico reforça a necessidade de "ter cuidado" para avançar com a rescisão do contrato com o Consórcio BRT. Insatisfeito com o andamento das obras, Mendes tem feito reuniões com a Procuradoria Geral do Estado (PGE-MT) e equipe técnica da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra-MT) para identificar se o Executivo pode quebrar o acordo sem o risco de pagar indenizações milionárias.
"Encontrei esqueletos de decisões mal tomadas no passado. O governo está cuidando disso. Fiz três reuniões com os técnicos e o secretário Marcelo Oliveira. Estamos tomando as medidas para que as obras continuem ou se rescindir, termos condições de buscar novos parceiros", concluiu.
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