O governador Mauro Mendes (União Brasil) revelou uma conversa com o secretário de Estado de Segurança (Sesp-MT), César Augusto Roveri, sobre a ordem para matar as irmãs Rayane Alves Porto e Rithiele Alves Porto ter partido de uma prisão. Desapontado, Mendes acabou dando uma "bronca" em Roveri pois a penitenciária acabou de receber investimentos robustos para sua modernização, mas deixou escapar a entrada de um celular. Por sua vez, segundo Mauro, Roveri explicou que o contrabando continua acontecendo por falhas humanas no sistema.
"Estou pê da vida pois eu fiz um investimento gigantesco em penitenciária e um dia desses chamei ele (Roveri) na responsabilidade e perguntei como é que um presídio que está modernizado, recebendo vários elogios e o cara está com celular? Porque a lei é frouxa. Pega um servidor público que coloca o celular pra dentro, para você mandar esse cara embora é uma demora gigantesca por causa da lei brasileira", disse Mauro Mendes à Band News.
Uma das vítimas, Rayane, era candidata a vereadora em Porto Esperidião (320 km de Cuiabá). Roveri asseverou que até o momento as investigações apontam que não houve relação política. Um conselheiro do Comando Vermelho ordenou as mortes por confundir gestos em fotos das jovens com mensagens de apoio ao Primeiro Comando da Capital (PCC).
FACÇÕES ESTÃO CRESCENDO
O governador destacou a situação está fora de controle e não é por falta de investimento. Conforme Mendes, o Brasil repassa 3% do seu Produto Interno Bruto (PIB) anual em segurança, sendo o quinto país do mundo que mais gasta com o segmento, ficando atrás dos Estados Unidos (EUA), Rússia, China e Índia. Ele lamentou que o Estado seja incapaz de garantir uma "sensação" de segurança à população.
"O crime organizado está crescendo no Braisl inteiro. Um dia desses estava em evento em São Paulo e cada um falava do seu estado. O Caiado e o Tarcísio, dois brilhantes governadores, mas disse que se colocarmos os 27 governadores e governo federal, e perguntasse como está a segurança, muitos iriam falar que a sensação de segurança no Brasil é que está piorando e as facções crescendo. Se pegarmos as estatísticas dos últimos 40 anos, todas pioraram. É muito ruim. O Brasil é muito violento"
"Nos acostumamos a conviver com alguns problemas. De vez em quando, tem um asssasinato que choca, mas passam três dias e parece estar tudo normal", rechaçou o governador.
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