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Política Segunda-feira, 11 de Novembro de 2024, 17:19 - A | A

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Segunda-feira, 11 de Novembro de 2024, 17h:19 - A | A

SEM "PICUINHAS"

Fávaro enxerga chance da agropecuária ganhar vantagem em briga de Trump com chineses

O ministro da Agricultura acredita que será um momento de reconexão do Brasil com o mundo

CAMILA RIBEIRO
Da Redação

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro (PSD), acredita que novas oportunidades podem surgir para o Brasil diante da briga do presidente eleito nos Estados Unidos, Donald Trump, com a China. Trump tem prometido uma "caça às bruxas" aos empresários chineses, promovendo o aumento de impostos e outras sanções para dificultar a entrada de produtos importados nos EUA. No entanto, com os brasileiros, a situação ainda é positiva. Fávaro apontou que será o momento do país ganhar novos mercados e se consolidar como parceiro comercial a partir da venda de carnes. 

Com um posicionamento de protecionista raiz, defendendo a expansão do mercado interno, o ministro avalia que o presidente eleito até pode forças o fechamento das fronteiras aos chineses, mas precisa de novos parceiros para suprir a demanda do país. 

"Ele vai, sim, buscar um protecionismo. Mas, quanto mais exagerar na dose, mais oportunidades eu vejo para o Brasil. Os dois últimos anos foram muitos importantes para o Brasil nessa área, com reestabelecimento de boas relações diplomáticas, de amizade com outros países", opinou Carlos Fávaro à Folha de São Paulo. 

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Essa avaliação do ministro é pautada em seus diálogos com embaixadores dos EUA e líderes chineses. Desde que assumiu a Agricultura, Fávaro fez cerca de 25 viagens, cinco a mais que Lula. Alguns carimbos no passaporte do ministro foram para viajens a China em que a abertura do mercado, aceitação de plantas de frigoríficos para a exportação de carne - contendo, inclusive, alguns endereço de Mato Grosso - estiveram na pauta das agendas internacionais. 

Carlos Fávaro destacou que não é o momento para alimentar "picuinhas", assumindo o mesmo discurso de Trump, mas de aproveitar as brechas comerciais para a economia do país se expandir. 

"É a reconexão do Brasil com o mundo. Não vamos ficar com picuinha com os EUA porque é Trump ou porque é Joe Biden, ou porque a mulher do Emmanuel Macron é mais bonia ou mais feia, ou porque a ideologia, como num negócio com um comunista chinês, não interessa. O regime político da China interessa e é boa a relação diplomática", disse o ministro à reportagem.

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