O vereador por Cuiabá, Dilemário Alencar (Podemos), afirmou que o secretário municipal de Planejamento, Éder Galiciani, reconheceu a dívida de R$ 1,2 bilhão nas contas da prefeitura. Conforme o parlamentar, o déficit é relativo a pendências com fornecedores e falta de pagamento do INSS e FGTS de servidores. Dilemário lembrou que inicialmente havia chegado ao número de R$ 800 milhões, mas o percentual foi corrigido por Éder Galiciani em audiência pública na Câmara sobre a prestação de contas do segundo quadrimestre de 2023.
"Eu vinha dizendo, alertando, o prefeito está devendo por volta de R$ 800 milhões e, quando foi na última semana, na audiência pública do segundo quadrimestre, o secretário de Planejamento apresentou os números. O rombo de dívidas chega à casa de R$ 1,2 bilhão. Notadamente, são dívidias com fornecedores e também pelo não recolhimento de tributos como o INSS e FGTS. Isso é muito sério, muito grave", denunciou Dilemário Alencar durante entrevista ao HNT TV desta semana.
Segundo o vereador, a Secretaria da Saúde é a pasta com o maior número de boletos em aberto. A gestão do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) teria deixado de pagar R$ 350 milhões por compra de remédios e demais insumos. O superendividamento desta secretaria seria maior do que o saldo negativo fruto de obras de asfalto e construção de pontes ou viadutos, por exemplo.
"O que está mais evidente nessa dívida são pendências com fornecedor mesmo. Só para a Saúde, a dívida comprovada é de R$ 350 milhões, apenas em uma secretaria. Mas tem dívidas na Educação, Obras e o atraso de INSS e FGTS, que chega a quase R$ 200 milhões", observou Dilemário.
O parlamentar enquadrou a falta de pagamentos dos benefícios dos servidores municipais como "apropriação indébita". As dívidas do INSS e FGTS chegaram ao conhecimento da Câmara de Cuiabá após aposentados não conseguirem realizar empréstimos. As empresas bancárias sinalizaram que os ex-funcionários não tinham contabilizados o INSS e o FGTS, iniciando uma investigação por parte dos vereadores da oposição, que resultou até em pedido de CPI.
"Muitas dessas dívidas foram descontadas do salário do servidor e não foi repassado para o autocompetente. Está tendo apropriação indébita da prefeitura até no quesito de empréstimo consignado", falou Dilemário.
OUTRO LADO
O HNT entrou em contato com a Prefeitura de Cuiabá e a administração afirmou que iria se manifestar por meio de nota, porém, a reportagem não obteve retorno. O espaço segue aberto.
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