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Política Quinta-feira, 14 de Novembro de 2024, 11:02 - A | A

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Quinta-feira, 14 de Novembro de 2024, 11h:02 - A | A

ATENTADO AO STF

Deputados de direita lamentam explosões em Brasília e tentam distanciar ação de bolsonaristas

Os parlamentares afirmaram que o responsável pelas explosões foi filiado ao partido a um momento anterior ao deles, e que a ação é muito diferente do 08 de janeiro.

ALINE COÊLHO
Redação

As explosões que ocorreram na Praça dos Três Poderes, entre o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Anexo IV da Câmara dos Deputados, na noite de quarta-feira (13), causaram uma reação imediata das autoridades e geraram declarações de deputados federais. Em conversa com o HiperNotícias, parlamentares de Mato Grosso lamentaram o atentado, mas afirmaram não acreditar que o responsável estivesse relacionado ao grupo político do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).  

O homem que se explodiu durante a ação terrorista foi identificado como Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos. Luiz havia sido candidato a vereador em Rio do Sul (SC) pelo PL, hoje partido do ex-presidente. Esse fato gerou questionamentos, principalmente sobre a possibilidade de anistia para os bolsonaristas envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023.  

Os deputados federais Coronel Assis (União) e Coronel Fernanda (PL) estavam na mesma reunião no gabinete do senador Wellington Fagundes (PL), no momento das explosões, e afirmaram não ter ouvido o que aconteceu, sendo informados dos acontecimentos pelos noticiários.    

Coronel Assis afirmou que é necessária uma apuração rigorosa e imparcial para entender as motivações por trás da ação. E reafirmou a sua posição a favor da anistia para os envolvidos nos ataques de 8 de janeiro: "É natural que os governistas tentem associar essa ação para barrar a discussão sobre anistia. Eu sou pró-anistia”, disse Assis, acrescentando: “Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa”.  

Já a Coronel Fernanda, também do PL, destacou que Francisco Wanderley Luiz foi candidato pelo PL em 2020, “quando nós não éramos do PL”. Ela sugeriu que ele tenha tido um surto e reforçou a distinção entre o atentado e os atos de 8 de janeiro: “São situações diferentes, que não estão na mesma seara. E continuo favorável à anistia”, afirmou.

A deputada ainda defendeu o diálogo e a paz: “Aqui é a Casa onde devemos discutir. A gente quer paz e fazer a democracia funcionar com respeito às pessoas.”  

A deputada federal Gisela Simona (União), contou que estava na sessão plenária e foi alertada pela equipe do gabinete sobre um incidente com um veículo, ao lado do Anexo IV, local onde ficam os gabinetes dos deputados. Ela descreve o momento como tenso e preocupante porque não se tinha noção do tamanho do problema.  

“Fatos como esse são decorrentes do extremismo que é prejudicial para o país e para a democracia.”, ponderou Gisela.  

Apesar de toda preocupação, a deputada diz não acreditar que a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro será rejeitada. “Não acredito, na visão dos congressistas. Mas não posso responder como isso está sendo visto na visão de quem comanda os Poderes.”  

REAÇÃO NA BASE DO GOVERNO

Enquanto parlamentares de direita tentam desvincular o atentado de Francisco Wanderley Luiz ao movimento bolsonarista, o vice-líder do governo Lula (PT) na Câmara, Emanuelzinho Pinheiro (MDB), associou as explosões aos atos de 8 de janeiro, destacando o contexto de um “sentimento anti-povo” que permeia o Brasil.

Na postagem, Pinheiro afirmou: “A explosão na Praça dos Três Poderes é a continuidade de um sentimento anti-povo que permeia há séculos o Brasil.” E classificou entre os momentos entre os que existiram para “livrar o Brasil do controle dos comunistas".

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