Aquilo que poderia ser um espaço para exposição de ideias e propostas para governar a Capital do Estado pelos próximos quatro anos foi, do princípio ao fim, durante cerca de duas horas (divididas em cinco blocos) um cenário de ataques e contra-ataques, alguns inclusive de ordem pessoal.
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Com Lúdio Cabral (PT) mais agressivo e Mauro Mendes (PSB) na defensiva por grande parte do tempo, o tom do debate foi conduzido pelos candidatos a comparações mútuas de seus apoiadores, ou seja, quem tem em seu palanque os políticos de imagem mais negativa perante a opinião pública.
Cabral associou, o tempo todo, a figura de Mauro ao atual prefeito Chico Galindo e ao ex-prefeito cuiabano Wilson Santos.
Mendes, por sua vez, disse de forma insistente que Lúdio tem como coordenador o ex-secretário da Copa, Eder Moraes, e que “o Riva (presidente da Assembleia Legislativa e maior líder do PSD) está até a cabeça na campanha petista”.
Sobre isso Cabral respondeu ao final do debate, que “eu serei prefeito de Cuiabá sem o Eder no governo”. Quanto a Riva, o petista se limitou a dizer que não pode deixar de considerar o apoio que o PSD, inclusive dos vereadores eleitos por esta sigla no último dia 7, e que a relação com o parlamentar será institucional.
Mauro Mendes que, de forma irônica, quis associar a imagem de Lúdio também ao ex-prefeito Wilson Santos, negou que tenha se referido a Riva de forma pejorativa.
“Eu não falei que isso é negativo, apenas perguntei pra ele quem é que o está apoiando”.
Em 2008, Mauro Mendes disputou e perdeu a eleição no segundo turno para Wilson Santos e naquela ocasião o próprio José Riva apoiou a candidatura do socialista, à época candidato do PR.
“Tive o apoio dele (Riva) em 2008 e talvez foi por isso que eu perdi a eleição, foi um erro que cometi”, afirmou o socialista.
ESTRATÉGIAS
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Os dois candidatos chegaram ao debate com estratégias aparentemente definidas: Lúdio insistindo no alinhamento das três esferas de governo e pregando que Mendes é o candidato dos mais ricos, enquanto o socialista focava questões voltadas à Saúde Pública.
Enaltecendo que sua campanha no segundo turno “está calibrada”, Mauro afirmou que já acertou a forma de trabalhar seu marketing e, como prova disso, apontou os mais recentes dados de pesquisas que o colocam em situação de ligeira vantagem sobre Cabral.
A MAIS BONITA
Ficou para os bastidores, no intervalo entre os blocos, o ponto mais polêmico do debate.
Ana Regina, mulher de Lúdio, deu um beijo no marido durante o intervalo e Mendes teria advertido o casal em tom irônico, pedindo para que parassem com as carícias.
“Eu perguntei a ele se estava incomodado com aquilo e então ele foi agressivo e disse ‘a minha mulher é mais bonita do que você’, mas isso porque a minha presença o estava incomodando”, disse Ana Regina ao HiperNotícias.
Mauro Mendes confirmou a versão da mulher de Lúdio. “Sim eu disse, eu acho isso, a esposa dele que eu estava com inveja do beijo e eu disse que não, porque a minha esposa é mais bonita do que a dele, mas acho que desrespeito seria se eu dissesse que a dele é mais bonita que a minha”, admitiu.
A mulher de Mauro Mendes, Virgínia Mendes, não acompanhou o marido ao debate.
“Ela não participa de nada, por isso a minha presença o incomodou”, alfinetou Ana Regina.
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Rachel Tegon de Pinho 24/10/2012
Por amor a Cuiabá... Cansei dessa discussão inócua sobre o beijo dado, roubado, etc... Há dois dias não se fala outra coisa como se a campanha fosse sobre algum concurso de beleza, etc,. Penso que ambos candidatos estão desviando o foco central da campanha e isso é no mínimo um desrespeito ao eleitor, nesse caso...o morador de Cuiabá, capital de nosso estado com inúmeros desafios e um caldeirão de problemas. A educação pública é digna de dó, os serviços médicos e hospitalares públicos mal dão conta de atender a demanda da capital, a questão habitacional negligenciada há décadas ainda não foi solucionada com programas do Governo Federal e se desdobra em outro problema que diz respeito ao saneamento, segurança e transporte público (cada vez que passo pelos conjuntos habitacionais construídos nas bandas do trevo do Lagarto fico imaginando a que horas o trabalhador terá que sair de casa para chegar no serviço)...Então caros amigos cuiabanos, chega de alimentar a fogueira das vaidades, e bisturis e cobrem dos respectivos candidatos políticas, programas exequíveis e que sejam de fato enfrentamento dos inúmeros problemas.
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