O vereador por Cuiabá, Rodrigo Arruda e Sá (PSDB), presidente da Comissão de Ética, disse que o protocolo do pedido de vista feito por Gabriel Belo Moraes, assessor do gabinete de Paulo Henrique (MDB), descaracteriza alegações da defesa que o parlamentar acusado não tinha ciência do processo. 'PH' ainda não foi notificado. Ele tem ignorado as tentativas da comissão presencialmente, por e-mail e WhastApp. Porém, encaminhou à Câmara um documento recorrendo.
O pedido de vista chegou à Comissão de Ética na semana em que o relator Kássio Coelho (Podemos) entregaria o parecer. Os vereadores rejeitaram o requerimento, mas a movimentação implicou no adiamento da conclusão do relatório.
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"Ele é nomeado no gabinete do 'PH' o que descaracteriza qualquer situação que fale que ele não tinha ciência do processo. Fica descaracterizado a partir do momento que ele manda um funcionário do gabinete dele protocolar um documento pedindo a retirada. Quer dizer que ele vem acompanhado o trabalho dessa comissão e deixou para tomar providência no final", falou Rodrigo Arruda nesta quarta-feira (28).
Como o vereador não compareceu à oitiva ou apresentou defesa escrita por meio de advogados, o processo contra 'PH' está baseado no inquérito da Polícia Federal que investiga sua suposta participação em esquema de lavagem de dinheiro para o Comando Vermelho. Os agentes da PF indicam que o vereador teria facilitado a emissão de licenças para a facção criminosa promover eventos e movimentar cifras milionárias.
Paulo Henrique foi alvo de busca e apreensão, depois foi preso preventivamente. A reclusão temporária motivou o seu afastamento da Câmara, além da proibição de acessar o Legislativo e ter contato com testemunhas do caso.
Quando o pedido de vista chegou à Comissão de Ética assinado por 'PH', Rodrigo Arruda e Sá soliticou ao presidente da Câmara, Chico 2000 (PL), que cedesse as imagens de segurança do dia em que o documento foi protocolado para sanar a dúvida se o vereador havia descumprido decisão judicial e entrado no prédio da Casa de Leis. Os vídeos revelaram que Gabriel Belo foi o responsável pela entrega do requerimento.
Kássio Coelho sugeriu que Gabriel prestasse depoimento e a oitiva foi agendada para a próxima segunda-feira (2).
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