O prefeito eleito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), negou que esteja 'excluindo' o correligionário Chico 2000 (PL) das discussões sobre a Mesa Diretora da Câmara de Cuiabá. Brunini tem sido incisivo na proposta de uma direção composta só por mulheres. As articulações não agradaram Chico 2000, que atualmente preside o Legislativo e busca a manutenção do poder, mas pode ter os planos frustrados pela preferência do PL pelo nome de Paula Calil na presidência. À imprensa, o vereador disse que o afastamento do partido permite que ele se aproxime da oposição, encabeçada pelo vereador Jeferson (PSD).
"A gente tem um momento único, uma oportunidade única de fazer uma Câmara eleita com sete mulheres, ou cinco mulheres, dependendo de como a Câmara se reorganizar na questão da Mesa, mas não é desvalorizar o Chico. É dar a oportunidade para que outras pessoas possam ocupar esse espaço", defendeu Abilio.
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Chico 2000, contudo, revelou que se sente desprestigiado. Isso porque, além da falta de diálogo com Abilio, o presidente da Câmara citou que não recebeu nenhuma visita de cortesia de Paula Calil (PL), novata no Legislativo municipal, e principal indicação do partido para assumir a presidência da Câmara.
O prefeito eleito garantiu que respeita o vereador, embora o embate entre os dois tenha ficado evidente nas eleições municipais. Chico chegou a aventar o próprio nome para representar o PL na disputa pela prefeitura, mas a possibilidade foi suprimida por Abilio que ainda assumiu o comando da sigla na Capital, posto que também era ocupado pelo vereador. Apesar das disputas internas, Brunini negou ter imposto obstáculos ao projeto de reeleição de Chico.
"Eu respeito muito o mandato que ele está tendo, respeitei ele todo período eleitoral, nunca teve obstáculo, enfrentamento, agora é um momento único da Câmara deixar de ter o apelido de Casa dos Horrores para Casa das Mulheres também. A gente está tendo avanços da participação feminina na política. A Samantha tem me inspirado muito nisso, a Vânia tem mostrado essa participação feminina, então não é ser contra o Chico é ser a favor de uma outra pauta, a pauta da participação das mulheres na política", encerrou.
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