O prefeito eleito em Cuiabá, Abilio Brunini (PL), disse que vereadores receberam a oferta de R$ 200 mil para votar num candidato de oposição na eleição à presidência do Legislativo Municipal. Conforme Abilio, uma liderança do Comando Vermelho estaria patrocinando a campanha. Considerando que para ser eleita na diretoria da Câmara se Cuiabá uma chapa precisa de, no mínimo, 14 votos, a facção desembolsaria R$ 2,8 milhões.
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"Recebemos informações que alguém teria pego um dinheiro emprestado com líder do Comando para cooptar vereadores para constitutir votos para determinada chapa. Não temos certeza se essa informação é real, estamos apurando, mas diz que até vereadores sofreram assédio, ofertas, mas optaram pelo sigilo. Vamos fazer denúncia em sigilo, mas estaria circulando na Casa, por voto (seriam pagos) R$ 200 mil", revelou o prefeito eleito nesta quinta-feira (7) ao sair do Palácio Paiaguás em reunião na governadoria.
O esquema, conforme Abilio, seria encabeçado por liderança do CV ligada ao vereador afastado, Paulo Henrique (MDB). "PH" é alvo de processo de cassação na Comissão de Ética por quebra de decoro ao ser preso em operação da Polícia Federal que o acusa de ter envolvimento com lavagem de dinheiro do CV.
"Um dos caras que estaria emprestando esse dinheiro, seria uma liderança envolvida em processo de outro vereador, a gente está avaliando. Vamos dar o nome para o Ministério Públivo e Gaeco para que seja apurado", se comprometeu.
O presidente da Câmara, Chico 2000 (PL), provocou Abilio a apresentar provas. O futuro prefeito disse que sua equipe de governo está empenhada nesta apuração e que quando existirem provas consolidadas, tudo será remetido aos órgãos competentes.
"Não há dificuldades de coletar provas. Provas a gente já está juntando. O que estamos aguardando é termos elas consolidadas, a gente está monitorando para fazer uma representação correta. Mas estou avisando para quem está praticando para ficarem atentos pois vamos mexer com isso", disparou.
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