A Polícia Civil está investigando se os pacientes que estão realizando tratamento contra a Covid-19 no Hospital São Judas Tadeu, em Cuiabá, receberam alta dosagem de morfina ao serem intubados, além de terem sido amarrados. As novas denúncias estão sendo apuradas na fase final do inquérito policial.
As informações foram divulgadas no programa Cidade Alerta da TV Vila Real, no sábado (17). De acordo com a reportagem, os funcionários do hospital afirmaram em depoimento à delegada Luciane Barros Pereira Lima que as doses de morfina eram ministradas durante a intubação dos pacientes.
O medicamento é utilizado como um analgésico para diminuir as dores intensas dos pacientes, entretanto em altas doses o remédio pode trazer complicações.
Segundo as informações, outra paciente foi amarrada na cama para poder concluir o tratamento. Os familiares perceberam as lesões nas mãos da mulher ao transferí-la para outra unidade médica após ela apresentar piora no quadro de saúde.
As situações de maus tratos dos pacientes ganharam repercussão na imprensa após a denúncia da técnica de enfermagem Amanda Benicio, no último dia 5 . Na ocasião, ela responsabilizou o hospital pela morte do major da Polícia Militar, Thiago Martins de Souza, em decorrência da Covid-19.
No último dia 10, a vendedora Lucineide Vilalva afirmou que o hospital foi negligente e maltratou sua tia, a professora Iracilda Lima, enquanto esteve internada. A docente deu entrada no hospital no dia 13 de março. No entanto, a doença foi se agravando e Iracilda acabou ficando mais debilitada. A sobrinha relata que Iracilda não estava sendo higienizada.
“Ela falava para mim por mensagem que estava suja, que eles não limpavam ela”. Lucineide relata ainda que a tia foi intubada sem que a família fosse comunicada. Com agravamento da doença, ela foi transferida para o Hospital São Benedito e não resistiu.
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De acordo com o diretor-geral do hospital, o médico Arnaldo Sérgio Patrício, a unidade está tomando todas as providências jurídicas. "Abrimos as portas as todas autoridades, queremos ter acesso a tudo que aconteceu. Vamos olhar prontuários, falar com médicos responsáveis. O que eu tenho visto até agora é que não tem nada de errado nas nossas internações. Eu não quero atacar ninguém, nunca tratei nenhum paciente mal ou qualquer pessoa da minha equipe”, alegou.
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