Em depoimento, Nataly Helen Martins Pereira, presa pelo homicídio da adolescente de 16 anos, Emily Azevedo Sena, detalhou como cometeu o crime. Aos prantos, a suspeita contou que Emily se apresentou a ela como Bia e afirmou que tinha 18 anos.
As duas conversaram por cerca de 40 minutos antes do crime brutal. Na conversa, Emily teria relatado que não estava bem e o relacionamento com o pai da criança estava em uma fase ruim.
Assim, Nataly, que queria ser mãe novamente e teve uma gestação interrompida há cerca de seis meses, viu a oportunidade ‘perfeita’. Ela não contou a ninguém sobre a perda do bebê e afirma que ainda sentia a criança se mexer e o seio produzia leite, mesmo sem estar grávida.
A mulher descreveu o acontecido como ‘oportunidade infeliz’. Contudo, ela admitiu que premeditou o crime ao revelar que cavou uma cova no quintal da casa do irmão, localizada no Jardim Florianópolis, em Cuiabá, onde o homicídio foi praticado.
“Ela não queria a filha e eu queria. Eu estava procurando [mulheres] na rua, em casas de abrigo, pessoas que não queriam [os filhos]. Eu queria ser mãe novamente e eu não posso, mas aí teve essa oportunidade infeliz, e eu fiz”, relatou na confissão à autoridade policial, durante interrogatório na quinta-feira (13).
Durante o encontro das duas, Emily, que estava grávida de nove meses, contou que estava tendo contrações desde o dia anterior ao crime.
Além de conversarem, Nataly mostrou roupas de bebê à Emily, que estavam em um quarto do imóvel. Quando a jovem saiu do cômodo, foi pega pelas costas e esganada com um fio de internet pela algoz.
Nataly usou sacolas plásticas para abafar o barulho. Na sequência, enquanto a adolescente estava viva, pegou uma faca e fez o parto improvisado.
Emily sangrou até a morte e foi enterrada em uma cova rasa no quintal da casa.
Com a bebê, Nataly procurou o Hospital Santa Helena com o objetivo de obter uma declaração de nascimento para a pequena, argumentando que havia tido um parto em casa.
Desconfiada da versão, a equipe médica fez exames e quando o resultado se mostrou negativo para gravidez ou estado puerperal, as autoridades foram acionadas.
Nataly está presa desde a quinta-feira e deverá ser submetida à audiência de custódia nesta setxa (14). O marido dela, o irmão e um amigo chegaram a ser detidos, mas foram liberados por falta de evidências conectando-os ao assassinato.
As diligências continuam.
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