Nataly Helen Martins Pereira, que confessou ter matado a adolescente Emily Sena, de 16 anos de idade, já havia estudado enfermagem e atuava como bombeira civil. As informações foram repassadas pelo pai dela às autoridades e poderiam justificar a destreza para a cesariana clandestina a qual Emily, que estava grávida de nove meses, foi submetida antes de morrer.
Embora Nataly tivesse algum conhecimento na área de saúde, a conduta causou espanto na diretora do Instituto Médico Legal, Alessandra Carvalho Mariano, pois a criminosa usou técnicas e habilidades de um obstetra.
No seu depoimento, Nataly, alegou ter feito tudo sozinha na morte de Emily Beatriz Sena, de 16 anos. “O golpe foi bem preciso, foram dois ferimentos extensos que se comunicam e expõem o abdômen todo. Quem é cirurgião sabe que não houve hesitação do início ao fim”.
Segundo Alessandra, até as camadas de pele foram preservadas, além das vísceras e órgãos. “Ela foi certeira no útero. Abriu o útero, fez uma miotomia, preservando, inclusive, o concepto e preservou o nenê que estava bem”, afirma a médica.
De acordo com Alessandra, até médicos experientes correm o risco durante uma cesariana de cortar o bebê. “O bebê em nenhum momento foi machucado. Um cirurgião, um obstetra ao fazer uma retirada, uma cesariana, às vezes pode acontecer, inclusive, de machucar o nenê, por questões técnicas e exposição. Você tem que colocar a mão ao abrir o útero. A criança é retirada com manobras”.
A médica destacou que a manobra foi muito bem feita, mas será na investigação que irá trazer as informações complementares. “A gente traz elementos técnicos, e essa relação, se a pessoa tinha conhecimento ou não, no momento do exame pericial, não é possível afirmar”.
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