O procurador de Justiça, Domingos Sávio de Arruda, declarou em suas redes sociais, nesta terça-feira (12), que as alegações do prefeito eleito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), de que facções criminosas estariam por trás da eleição de vereadores na capital e tentando influenciar a formação da mesa diretora da Câmara Municipal precisam ser investigadas. Arruda reforçou que já havia alertado anteriormente sobre a crescente infiltração do crime organizado na administração pública em todo o Brasil.
De acordo com Arruda, a acusação de Brunini não pode ser vista como uma simples retórica política. "Certamente a denúncia do prefeito eleito não é leviana e nem pode ser rotulada como mero discurso político, até porque seria de todo lamentável que o discurso, o debate e o confronto político alcançassem esse nível de baixeza", destacou o procurador. Ele lembrou que, se as acusações fossem infundadas, o próprio Brunini poderia estar cometendo um crime ao fazer tais declarações.
O procurador também expressou preocupação com a crescente presença do crime organizado nas estruturas públicas, um fenômeno que, segundo ele, segue padrões observados em outros países. "A administração pública afinal é um espaço de oportunidades para que aquelas organizações criminosas, por seus asseclas, obtenham bons contratos e os mais variados benefícios, como, por exemplo, a elaboração de leis que as favorecem, imunidades tributárias e isenções fiscais para os seus empreendimentos e de seus simpatizantes, aprovação de projetos construtivos, etc.", afirmou.
Arruda também destacou que o prefeito eleito já se reuniu com o secretário estadual de Segurança Pública, Coronel César Augusto Roveri, para apresentar as informações que sustentam sua denúncia. "Cabe agora à Polícia Judiciária Civil investigar verticalizadamente o caso. Vamos aguardar. Isso não pode ser deixado de lado", concluiu Arruda, alertando para a seriedade da situação e a necessidade de uma resposta firme das autoridades.
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