O delegado Geordan Fontenelle, preso nesta quarta-feira (17), teria cobrado R$ 10 mil de 'diária' para manter um alvo da 'Operação Hermes II' preso em acomodações 'especiais' na delegacia de Peixoto de Azevedo (672 km de Cuiabá), onde atua. Fato foi descoberto durante as investigações que culminaram na 'Operação Diaphthora'.
Conforme as informações que constam na decisão que autorizou a prisão de Fontenelle, o delegado, em conversa com dois investigadores da Polícia Civil, teria sugerido a cobrança do valor em face de Antônio Jorge Silva Oliveira, preso na Hermes II pelo suposto envolvimento no comércio ilegal de mercúrio.
O valor, de acordo com o diálogo, seria cinco vezes maior do que o esperado por um dos investigadores envolvidos no esquema.
As investigações apontam também que Geordan Fontenelle recebeu vantagens ilegais em diversas outras ocasiões. Em uma delas, ele teria sido beneficiado com uma caminhonete e dinheiro repassado pelo sobrinho do ex-governador Silval Barbosa, Antônio da Cunha Barbosa Neto.
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Também foi revelado o pagamento mensal de propina ao delegado pela cooperativa de garimpeiros de Peixoto de Azevedo.
Deflagrada na quarta-feira, a Operação Diaphthora revelou a existência de uma associação criminosa na cidade, composta por policiais civis, advogado e garimpeiros, voltada à prática de solicitação de vantagens indevidas, advocacia administrativa e ainda o assessoramento de segurança privada pela autoridade policial.
Ao todo, foram cumpridos 12 ordens judiciais, sendo dois mandados de prisão preventiva, sete de busca e apreensão e três medidas cautelares.
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