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Justiça Sexta-feira, 28 de Junho de 2024, 14:58 - A | A

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Sexta-feira, 28 de Junho de 2024, 14h:58 - A | A

ALVOS DA SIMULACRUM

Justiça torna réus 18 militares acusados de forjar confrontos para matar "criminosos"

Mayke Sanches Sabino foi morto em maio de 2020. Segundo a narrativa policial, ele fazia parte de um grupo que roubou uma caminhonete Toyota Hilux em Cuiabá. Investigações revelaram que os suspeitos foram alvo de emboscada conhecida como "Cavalo de Troia

RAYNNA NICOLAS
Da Redação

Justiça de mato-grosso tornou réus 18 policiais militares alvos da Operação Simulacrum deflagrada em março de 2022 para investigar mortes em supostos confrontos. No caso que chegou à 12ª Vara Criminal de Cuiabá, os militares são acusados de, utilizando-se de técnicas próprias de grupos de extermínio, terem executado Mayke Sanches Sabino e tentado matar mais três pessoas, dentre elas Rômulo Silva Santos.

Foram denunciados Altamiro Lopes da Silva, Antonio Vieira de Abreu Filho, Arlei Luiz Covatti, Diogo Fernandes da Conceição, Genivaldo Aires da Cruz, Heron Teixeira Pena Vieira, Ícaro Nathan Santos Ferreira, Jairo Papa da Silva, Jonathan Carvalho de Santana, Jorge Rodrigo Martins, Leandro Cardoso, Marcos Antônio da Cruz Santos, Thiago Satiro Albino, Tulio Aquino Monteiro da Costa, Vitor Augusto Carvalho Martins, Wesley Silva de Oliveira, Ruiter Cândido da Silva, Paulo Cesar da Silva. 

Na mesma decisão, o juiz Jorge Alexandre Martins Ferreira negou pedido de prisão preventiva dos réus. Magistrado verificou que já foram colhidas as provas necessárias para elucidação dos fatos.

"Ressalte-se que tais provas, em virtude de sua natureza, encontram-se imunes a quaisquer alterações ou manipulações que possam ser eventualmente intentadas pelos denunciados ou por terceiros interessados em prejudicar o andamento do processo", escreveu. 

Com relação à ordem pública, o juiz da 12ª Vara Criminal de Cuiabá entendeu que os réus, servidores públicos com endereços fixos e que responderam a todos os atos processuais, não representam ameaça concreta e atual à ordem pública. "A prisão preventiva não pode ser utilizada como antecipação de pena, devendo ser decretada apenas quando evidenciada a real necessidade", ponderou.

Por outro lado, deferiu a inquirição antecipada do policial Ruiter Cândido da Silva que é colaborador e possui informações detalhadas sobre os fatos. Juiz explicou que a urgência da oitiva se justifica pela necessidade de garantir que as informações prestadas sejam colhidas de forma íntegra e sem risco de alteração ou esquecimento.

"A oitiva do corréu colaborador em momento oportuno é essencial para assegurar a efetividade da instrução criminal. Imprescindível que tais informações sejam colhidas com a celeridade necessária para garantir sua autenticidade e eficácia", apontou.

O CASO 

Mayke Sanches Sabino foi morto em maio de 2020. Segundo a narrativa policial, ele fazia parte de um grupo que roubou uma caminhonete Toyota Hilux em Cuiabá. Após o crime, policiais foram chamados e saíram em rondas para tentar localizar os suspeitos.

Durante as buscas, os agentes encontraram a caminhonete seguindo no sentido ao bairro Osmar Cabral, na Capital. Os PMs deram ordem de parada ao condutor, que não obedeceu, dando início a uma perseguição. Nas proximidades do bairro Três Barras foi iniciada uma troca de tiros.

Na sequência, o suspeitos fugiram para uma região de mata e abandonaram a caminhonete. Posteriormente, a PM informou que Mayke Sanches Sabino foi encontrado morto no matagal.

Investigações revelaram que, na verdade, os suspeitos foram alvos de uma emboscada. Os policiais militares denunciados, de acordo com o MP, sabiam de antemão que as vítimas seriam atraídas àquele determinado local e, parte deles, tramaram uma armadilha à moda do Cavalo de Troia, enquanto os demais permaneceram escondidos em meio ao mato, dando apoio ao primeiro grupo, para entrarem em ação quando houvesse o ataque.

"Os denunciados organizaram uma verdadeira ação militar para eliminar a vida daqueles que julgavam merecer morrer, dificultando inclusive qualquer ação de defesa por parte das vítimas. Com efeito, o objetivo do grupo era matar todos os ocupantes da FIAT/Strada e da caminhonete TOYOTA/Hilux, o que não conseguiram por fatores alheios à sua vontade", diz trecho da denúncia do MP.

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