O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, manteve o andamento da ação penal contra seis pessoas acusadas de desviarem R$ 28 milhões da Cooperativa Agrícola de Produtos de Cana de Campo Novo do Parecis (COPRODIA), a 391 km de Cuiabá. A decisão foi proferida nesta quarta-feira (5).
A ação penal foi proposta pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT). Segundo a denúncia, os delitos ocorreram a partir de 2016 e envolviam a simulação de serviços prestados por empresas ligadas aos acusados, como "Maxmobi Marketing Digital" e "Max Person Comunicação". Em julho de 2022, os acusados já tiveram pedido negado para suspensão da ação pela juíza Ana Cristina Silva Mendes.
Na decisão mais recente, o magistrado deferiu o pedido da defesa de Haran Perpétuo Quintiliano para apresentar nova resposta à acusação, uma vez que seu advogado já estava habilitado antes da Defensoria Pública apresentar o documento. Caso o prazo legal não seja cumprido, valerá a peça da Defensoria.
Outro acusado, Junio José Graciano, teve as medidas cautelares de recolhimento domiciliar noturno e nos fins de semana revogadas, pois ficou comprovado o fiel cumprimento das determinações judiciais pela 1ª Vara Criminal de Marília (SP).
Bezerra também atendeu ao pedido do Ministério Público para suspender o processo e o prazo prescricional em relação a Thiago Camilo Paschoalotti e Regis Aristides Pagliuca, determinando o desmembramento dos autos desses acusados.
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OPERAÇÃO ETANOL
A Operação Etanol foi uma investigação conduzida pela Polícia Civil que resultou na prisão de três funcionários e um empresário de uma cooperativa de açúcar e etanol em Campo Novo do Parecis. A operação apurou desvios de cerca de R$ 28 milhões da cooperativa COPRODIA, que produz álcool e cana-de-açúcar. Foram cumpridos 50 mandados judiciais, incluindo o bloqueio de imóveis e bens em várias cidades.
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