A juíza Giselda Andrade, da 2º Vara Criminal de Sorriso (397 km de Cuiabá), manteve a prisão de Gilberto Rodrigues dos Anjos na audiência de custódia ocorrida nesta terça-feira (28). O homem confessou ter estuprado e matado a mãe e suas três filhas na cidade. Os corpos de Cleci Calvi Cardoso, de 46 anos, Miliane Calvi Cardoso, de 19 anos, Manuela Calvi Cardoso, de 13 anos, e Melissa Calvi Cardoso, de apenas 10 anos, foram encontrados na última segunda-feira, dentro da casa da família, depois de vizinhos darem falta da movimentação no local, crime que chocou o Estado.
O perito da Politec, Gledson Emeliano, fez a perícia no local e disse, em entrevista, que Gilberto invadiu a casa por uma janela da cozinha e deu de cara com Cleci, que tentou impedir a entrada do criminoso, quando começaram uma luta corporal, chegando a quebrar móveis do cômodo. Armado com uma faca, ele esfaqueou a mulher, que ficou caída no corredor da casa.
Em seguida, o criminoso partiu para o quarto de Miliane, que estava trancado. Ele forçou a entrada e começou a brigar com a jovem. O suspeito rapidamente conseguiu conter a vítima, que foi esfaqueada profundamente no pescoço.
Por fim, o períto contou que o criminoso foi até o quarto das duas filhas mais novas, onde as assassinou. Manuela Calvi foi morta a facadas, enquanto Melissa Calvi foi asfixiada com um travesseiro.
O próprio suspeito confessou em depoimento para o delegado Bruno França que abusou sexualmente da mulher e das filhas mais velhas enquanto elas agonizavam em razão das facadas. Em seguida, fugiu pela mesma janela pela qual entrou. Ele ainda contou que guardou as roupas que usou no crime em uma sacola dentro de um buraco, no alojamento onde morava, junto de peças íntimas das vítimas. Entre as roupas, estava uma calcinha, cuja procedência ainda não foi identificada.
Já em coletiva realizada na segunda-feira, o delegado contou que suspeito alegou que sua intenção era roubar a residência e que só matou as vítimas porque foi flagrado por Cleci. A autoridade policial ainda revelou que ele disse que estava sob efeito de drogas e, por isso, cometeu os crimes.
Ao ser questionado sobre como conseguiu chegar ao criminoso, o delegado disse que, na casa, havia marcas de chinelos no chão em meio ao sangue e, durante entrevista com os trabalhadores da obra, identificaram que o chinelo de Gilberto era igual ao da marca que estava presente na cena do crime.
Além disso, durante a briga com Cleci, a vítima consegui arrancar alguns "tufos" de cabelo do suspeito e Gilberto também apresentava falhas no corte capilar. Diante das "coincidências", o suspeito foi questionado pelos policiais e rapidamente confessou o crime.
VELÓRIO
As vítimas foram veladas na manhã desta terça-feira, na Igreja Assembleia de Deus e contou com a presença do marido e pai das crianças que estava viajando a trabalho quando o crime ocorreu. O sepultamento aconteceu na tarde do mesmo dia.
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