O Conselheiro João Paulo Schoucair, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), deu dez dias de prazo para que o juiz federal afastado, Raphael Casella de Almeida Carvalho. O despacho é desta terça-feira (8). O magistrado foi afastado em dezembro de 2022, alvo de diversas denúncias ao Conselho.
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), ele mantinha sociedade oculta em diversas empresas, incluindo um cassino e um hotel chamado "Monte Carlo", cujo proprietário formal seria, na verdade, um limpador de vidros usado como “laranja”. Casella também é acusado de ter participação em empresas de segurança e mineração, atividades proibidas para magistrados pela legislação brasileira.
Além disso, ele responde a acusações de conceder benefícios previdenciários de forma irregular em troca de vantagens indevidas. De acordo com as investigações, o juiz teria movimentado mais de R$ 46 milhões de forma incompatível com sua renda.
As investigações indicam ainda que Casella, cuja jurisdição abrangia a região de Cáceres (220 km de Cuiabá), recebia propina para fraudar decisões judiciais relacionadas à concessão de benefícios do INSS.
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Em outras representações, o magistrado é acusado de operar negócios de forma dissimulada, em desacordo com a Lei Orgânica da Magistratura. Em um dos casos, teria prometido benefícios irrestritos a uma comunidade indígena, mesmo sem respaldo técnico ou pericial, em troca de votos para candidatos apoiados por ele aos cargos de deputado estadual, federal e governador.
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