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Cidades Sábado, 29 de Outubro de 2016, 08:23 - A | A

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Sábado, 29 de Outubro de 2016, 08h:23 - A | A

LARGADOS À PRÓPRIA SORTE

Sem emprego, haitianos começam a deixar Cuiabá e Pastoral precisa de ajuda

JESSICA BACHEGA

A crise econômica que o país atravessa, somado a dificuldade de comunicação e ao preconceito, tem roubado os sonhos de muitos haitianos que fugiram do sofrimento em seu país e buscaram refúgio no Brasil. Sem conseguir empregos, muitos estão deixando Cuiabá e se mudando para outras cidades e países.

 

Marcos Lopes/HiperNotícias

Haitianos/Pastoral do Imigrante/Eliana Vitalino

 Eliane Vitaliano coordenadora da Pastoral

“Há registros de muitos que estão tentando ir para o México e atravessar para os Estados Unidos. Ficamos sabendo de alguns que acabaram morrendo na travessia e que deixaram suas famílias para traz”, disse a coordenadora da Pastoral do Migrante, Eliana Vitaliano. 

 

Segundo Eliana, desde 2012 quando começaram a chegar haitianos em Cuiabá, pelo menos três mil migrantes passaram pela Pastoral. Dos estrangeiros que chegaram à Capital em busca de construir uma nova vida, metade de já foi embora porque não conseguiu encontrar um emprego.

 

“A dificuldade maior é das mulheres, pois muitas delas só falam crioulo e não conseguem se comunicar. Diferente dos homens que, geralmente, falam crioulo, espanhol e francês. Tem a crise também que está atingindo todo mundo e dificultando ainda mais a vida dos haitianos”, relata a coordenadora.

 

Nesse cenário há muitos casos de idoso, mulheres e crianças que acabam ficando na Pastoral, uma vez que são os que mais têm dificuldade para se adaptar e conseguir trabalho para sua subsistência.

 

A fim de auxiliar os migrantes na sua estadia em Cuiabá, o Ministério Público do Trabalho (MPT) e o Sistema Nacional de Empregos (SINE) presta apoio na Pastoral fiscalizando as condições em que os cidadãos estão e trazendo as vagas de emprego disponíveis na semana para que os abrigados tentem o ingresso no mercado de trabalho.

 

Uma das histórias que, com muita persistência, está sendo reconstruída é de Jean Clarence que trabalhava em uma empresa de reforma de sofás no Haiti e que veio sozinho para o Brasil em 2014. Ele já morou nas cidades de Chapecó (SC) e em São Paulo (SP) antes de chegar a Cuiabá onde trabalha em um restaurante. 

 

“No começo foi difícil, mas até que eu consegui emprego rápido. Não tenho planos de me mudar daqui, por enquanto. Nem de voltar para meu país”, diz.

 

Os estrangeiros estão presentes em diversos ramos de atuação, mas a maior parte da mão de obra haitiana está concentrada na construção civil.

 

Alan Cosme/HiperNoticias

pastoral para imigrates

 Alguns haitianos chegam a ficar quatro meses na Pastoral sem conseguir emprego

Apoio aos migrantes

Mantida por meio da Paróquia Divino Esperíto Santo, prefeitura e parceiros, a Pastoral necessita de doações para atender os abrigados e aos que já saíram da casa, mas continuam precisando de assistência.

 

Enquanto estão na Pastoral, os migrantes recebem moradia, apoio com documentação, alimentação e assistência médica e quando saem muitas vezes ainda buscam cestas básicas na Pastoral. 

 

Como não têm ainda estrutura na casas recém alugadas, a Pastoral procura oferecer colchões para o abrigados que se mudam para suas próprias casas. Doações de colçhões, fraudas e alimentos em geral são sempre bem vindos e ajudam muito do trabalho desenvolvido na pastoral para atender ao migrantes.

 

Os donativos devem ser entregues na Pastoral do Migrante, que está na Avenida Jurumirim, no bairro Carumbé.

 

 

 

 

 

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