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Cidades Segunda-feira, 19 de Setembro de 2016, 17:36 - A | A

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Segunda-feira, 19 de Setembro de 2016, 17h:36 - A | A

DEPOIMENTO À DELEGADA

Pai e madrasta acusados de matar criança não esboçaram arrependimento

MAX AGUIAR

O pai da menina de dois anos que foi morta por espancamento e depois teve o corpo embalado e deixado em uma caixa numa área verde em Primavera do Leste não demonstrou nenhum tipo de arrependimento pelo crime.

 

PJC

delegada luciana Canaverde

Delegada Luciana Canaverde disse que os pais não demonstraram sentimento

A delegada Luciana Canaverde, titular da Delegacia de Água Boa, cidade há 675km de Cuiabá, cidade em que o pai e a madrasta da criança foram presos, disse que durante o longo depoimento do casal, ninguém esboçou nenhum tipo de reação ou sentimento.

 

Questionado se eles se arrependiam de ter cometido o cruel crime, Lenilson Barbosa de Souza, 25 anos e Kátia Cristina de Almeida Lopes, 27 anos, ficaram calados. “Eles não responderam sobre o arrependimento. Ninguém chorou, ninguém esboçou reação alguma. São extremamente frios”, disse a delegada ao HiperNotícias.

 

A delegada ainda confirmou que a mãe da criança teria pedido uma foto da criança, no começo do mês de setembro, quando a filha estava na casa do pai. Segundo a mãe, em depoimento à polícia, a foto enviada por Lenílson mostrava a filha com o olho roxo. “Com certeza, ele já tinha espancado a criança uma vez. Porém, cada hora chega uma coisa nova aqui sobre esse caso. Então vamos aguardar primeiramente a perícia para poder tomar novas conclusão“, explicou Canaverde.

 

Lenílson e Kátia foram encontrados pela Polícia Militar entrando na cidade na tarde de domingo. Eles chegaram a inventar três histórias antes de confessar todo enredo sobre a morte da menina de dois anos.

 

 

PJC

pai e madrasta

Lenílson e Kátia fizeram junto a embalagem do corpo para depois descartar no mato

“A madrasta Kátia que contou como aconteceu. Nós dividimos os dois em celas diferentes e colhemos o depoimento. O Lenílson contou que ela havia desaparecido, depois que tinha caído do caminhão de mudança, já a mulher confessou, ele acabou falando com detalhes o que tinha acontecido”, declarou a delegado.

 

Lenílson, no dia 7 de setembro, teria espancado a menina porque ela teria defecado em cima do seu colchão. Ele, após perceber que a menina se machucou na cabeça, ele ainda deu remédio para menina, que após algumas horas acabou morrendo.

 

Com ajuda da esposa, ele colocou o corpo da filha dentro de um saco de lixo e a colocou numa caixa e deixou dentro da casa onde residiam, em Primavera do Leste. Em seguida foram para fazenda onde Lenílson trabalhava como vaqueiro.  

 

Três dias depois ele voltou para a casa em Primavera e por conta do mal cheiro, resolveu jogar a "embalagem" em uma região de área verde. Eles retornaram, lavaram a casa e as roupas da criança e em seguida fugiram para Goiânia. Lá ligaram para a mãe da menina e disseram que ela estava desaparecida. De imediato, a mãe logo registrou um boletim de ocorrência e começaram as buscas pela criança.

 

Na delegacia, após a madrasta confessar e revelar o crime, foi indicado o local em que estava o corpo. A causa principal da morte seria um trauma no crânio.

 

“Indiciei ambos por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Aguardamos detalhes da perícia para dar continuidade no inquérito”, concluiu a delegada Luciana Canaverde.   

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