As fortes chuvas que atingiram o estado de Mato Grosso nos últimos dias causaram estragos em diversas cidades, e a região do Alto do Rio Paraguai está entre os que somam prejuízos. Preocupados com a situação, prefeitos dos 15 municípios que integram o Consórcio de Desenvolvimento Econômico, Social, Ambiental e Turístico do Alto do Rio Paraguai se reuniram nesta quinta-feira (16) em Nortelândia (a 229 km de Cuiabá) para discutir os prejuízos e buscar soluções emergenciais junto ao governo estadual.
O presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), Leonardo Bortolin e o vice-governador Otaviano Pivetta participaram da reunião e ouviram os pedidos, e se comprometeram em colaborar com os municípios. Entre as principais demandas dos gestores estão a recuperação de estradas e reconstrução de pontes, pois diversas foram danificadas ou destruídas pelas chuvas, isolando comunidades e prejudicando o transporte de pessoas e produtos. A liberação de recursos para a saúde, por conta do risco de proliferação de doenças como a dengue, e o fornecimento de equipamentos, como caminhões, retroescavadeiras e máquinas para auxiliar na recuperação das estradas.
O presidente da AMM, destacou a importância da união dos prefeitos para enfrentar essa crise. "A situação é grave e exige uma resposta rápida e eficiente do poder público", afirmou Bortolin.
Enquanto o vice-governador afirmou que o estado será parceiro na recuperação da infraestrutura dos municípios e o no atendimento das famílias mais afetadas. “Estamos aqui para ouvir os prefeitos, entender o que aconteceu e avaliar as medidas que podemos adotar para melhorar as condições dos municípios”.
Principais demandas - A prefeita de Nova Maringá, Ana Maria Casagrande, destacou a importância da recuperação das estradas. “As MTs estão intransitáveis e precisamos consertar nossas estradas. Além disso, temos problemas com algumas aduelas e fundamentalmente precisamos escoar a nossa produção”.
A infraestrutura também é prioridade em Nova Olímpia, administrada pelo prefeito Ari Cândido Batista. “Precisamos da ajuda do Governo do Estado. Com essa última chuva, de segunda para terça-feira, as nossas estradas ficaram bastante estragadas. Além disso, já tínhamos um problema com uma ponte na MT 408 que piorou ainda mais”, frisou, acrescentando que a prefeitura precisa de dois caminhões-caçamba para auxiliar na recuperação das vias.
O prefeito de Arenápolis, Éderson Figueiredo, disse que as chuvas oferecem risco de prejudicar a trafegabilidade, devido à possibilidade de queda de pontes. “O rio Sucuri passou praticamente por cima da ponte. O pedido para recuperação da estrutura já está na Sinfra e precisamos de urgência nessa demanda. Além disso, necessitamos de ajuda com combustível, pois as estradas vicinais estão quase intransitáveis”.
O prefeito de Santo Afonso, Luis Fernando Falcão, afirmou que o principal problema local foi a destruição em massa das estradas vicinais. “Para a reconstrução das vias, precisamos de uma pá carregadeira e um caminhão basculante para que a gente consiga levantar essas estradas e fazer o cascalhamento do município, pois as nossas vicinais são bastantes extensas”.O prefeito de Alto Paraguai, Adair José Alves Moreira, sugeriu o repasse de recursos para a infraestrutura e saúde, considerando o risco de proliferação de doenças. “Quando baixa as águas vem o problema da dengue e emergência é emergência. A nossa sugestão é que esse recurso seja passado de forma rápida, emergencial, fundo a fundo, porque todos os municípios têm demandas”.
Os municípios que compõem o Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico, Social, Ambiental e Turístico do Alto do Rio Paraguai são: Alto Paraguai, Arenápolis, Barra do Bugres, Campo Novo do Parecis, Denise, Diamantino, Nobres, Nortelândia, Nova Marilândia, Nova Maringá, Nova Olímpia, Porto Estrela, Santo Afonso, São José do Rio Claro e Tangará da Serra.
Veja o vídeo do alamento em Alto Paraguai:
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