Os profissionais da enfermagem que trabalham na rede pública de Várzea Grande entraram em greve por tempo indeterminado nesta segunda-feira (16). A categoria exige que o município faça o reajuste salarial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e o pagamento do Reajuste Geral Anual (RGA) de 11.27%, que está atrasado há quatro anos.
O presidente do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem de Mato Grosso (Sinpen-MT), Dejamir Soares, contou que os trabalhadores realizaram um protesto em frente ao Pronto-Socorro da cidade industrial para pedir mais atenção do Poder Público.
“Além desse ano, nós temos outro quatro anos de reajuste que estão em jogo. Fizemos 26 reuniões, e em 2015, por exemplo, nós entendemos a situação da gestão que tinha acabado de assumir. No entanto, não entendemos a mesma compreensão com a gente. Por isso, nosso movimento é indeterminado devido há um ano tentarmos negociar com a Prefeitura e não conseguirmos”, disse o presidente.
Devido à situação econômica do País, os servidores comentaram que aceitam inclusive receber o reajuste divido em três vezes.
“A atual gestão vem mudando as condições de trabalho, mas também precisamos de melhores condições de salário para pelo menos compensarmos as perdas inflacionárias”, concluiu.
OUTRO LADO
Em nota a Prefeitura de Várzea Grande afirmou que está em diálogo com a classe dos profissionais da enfermagem e defende a continuidade dos serviços e atendimentos aos pacientes que não podem ser prejudicados.
“A reposição salarial reivindicada pelos profissionais é justa, um direito garantido por lei, mas depende de condições favoráveis para o pagamento do reajuste sob pena de se comprometer a regularidade no pagamento dos salários e também a manutenção de contratos temporários”, diz trecho da nota.
Ainda segundo a Prefeitura, o presidente do Sindicato garantiu ao diretor-geral do Pronto-Socorro, Ney Provenzano, que os servidores vão manter 50% do efetivo trabalhando nos Centros Cirúrgicos, Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) e Pronto-Atendimento. Nos demais setores, como clínicas e pediatria o atendimento será realizado por 30% do efetivo.
Uma Comissão de Negociação também está tratando do assunto diretamente com a Prefeitura Municipal e as pastas responsáveis pelas finanças do Município, pois a exigência de reposição salarial não é exclusividade dos profissionais da enfermagem, mas de todos os mais de seis mil servidores públicos municipais.
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