Centenas de profissionais da Educação pública estadual, representados pelo Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), se reuniram na tarde desta quarta-feira (20) em frente ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT) em ato que compõe a programação da greve dos servidores, que já se estende por mais de 50 dias e visa pressionar o Executivo para o atendimento à pauta de reivindicações da categoria. Profissionais da capital e do interior engrossam a mobilização.
Os profissionais que fazem parte do movimento paredista cobram do secretário de Educação (Seduc) que seja estabelecido um cronograma de concursos para a área, a suspensão integral do projeto de Parceria Público Privada (PPP) e o pagamento integral da Revisão Geral Anual (RGA) de 11,28%.
Atendendo à pauta dos grevistas, o secretário Marco Marrafon já sinalizou com a definição do calendário de concursos, que já poderão ser empossados no segundo semestre do próximo ano. Sobre as PPPs, o secretário garantiu que a parceria irá se limitar à parte estrutural das unidades escolares, não influenciando as atividades pedagógicas. Sobre a RGA, manteve a proposta oferecida às demais categorias do serviço público estadual.
Entretanto o presidente do Sintep, Henrique Lopes, afirmou que a proposta do secretário não atende às solicitações dos grevistas. Segundo Lopes houve avanço apenas no que tange os concursos públicos, nas outras duas prioridades citadas pelo movimento, não há melhoria.
“Se estamos parados é por falta de propostas. Ultimamente o governo tem se colocado no papel de vítima e querendo classificar nosso movimento como um movimento politico partidário eleitoreiro”, disse o presidente do Sintep.
O presidente do Sintep afirmou que encaminhou uma nova proposta da categoria ao secretário de Educação no dia 12, mas ainda não teve resposta.
"O último documento foi nosso. Agora esperamos uma resposta. Enquanto não houver um retorno, a greve continua", disse.
Sem um acordo entre o sindicato e o Estado a paralisação segue sem previsão de encerramento e há programação para novas movilizações na próxima semana.
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