A alta no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e a influência do dólar impactaram no aumento dos combustíveis nas bombas. Os valores exorbitantes já são sentidos no bolso do consumidor que percebe a mudança nos postos. Consumidores afirmaram que aguardavam o reajuste para 1º de fevereiro, com a mudança do valor do ICMS, porém, todos os dias as tabelas de preços apresentam aumento.
Exemplo do aposentado Alcântara Macedo, 68 anos que pagou pelo litro do etanol, na semana passada R$ 3,99, e nesta sexta-feira (24), o valor já estava R$ 4,17. “Não entendo esse cálculo. Estava esperando esse aumento para 1º de fevereiro. Agora cada dia que vou em um posto é um preço. Sabe Deus qual será esse valor que tanto estamos aguardando”.
Opinião semelhante da dona de casa Sebastiana Amorim, 53 anos, que usa o carro para supermercado e levar e buscar os filhos na escola. “Meu controle, a média é entre R$ 250 e R$ 300 de combustível mensal. Este mês, o valor vai aumentar quase R$ 100. A conta não bate”, reforça Sebastiana, indignada.
Questionado sobre o reajuste, o SindiPetróleo explica que o aumento do etanol está relacionado aos preços efetuados nas usinas desde outubro com acumulo de 36,8% de alta, somado à diminuição do desconto no ICMS que o Estado praticava.
O diretor-executivo do SindiPetroleo, Nelson Soares Junior reforça que a redução de 50% no ICMS para 38% refletiu diretamente no preço do etanol. Sobre a gasolina, ele explica que a alta está relacionada ao mercado.
“Não houve alteração no preço do petróleo brasileiro, mas como a gente importa gasolina e óleo diesel e tem comprado esses produtos no mercado internacional por um preço maior do que aquele feito aqui, dentro do Brasil, acaba que as distribuidoras fazem um mix entre o preço do importado e o preço do petróleo brasileiro. Isso reflete nos índices de aumento, tanto da gasolina como do óleo diesel”.
IMPACTO DO DÓLAR
Com o dólar comercial a R$ 5,87, a exportação de açúcar se torna mais lucrativa, fazendo com que as usinas prefiram produzir mais açúcar e menos etanol. Como resultado, o estoque de etanol diminui ainda mais, refletindo no que você paga na bomba.
MERCADO INTERNACIONAL
A defasagem dos preços dos combustíveis no Brasil em relação ao mercado internacional é outro ponto importante. De acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (ABICOM), a defasagem estava em -14% para a gasolina e -24% para o diesel. Isso significa que os preços aqui estão mais baixos do que deveriam, e não sabemos até quando a Petrobras conseguirá sustentar essa diferença.
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