A morte de Laysa Moraes Ferreira, a MC La Brysa, encontrada sem vida no Rio Cuiabá nesta quinta-feira (09), gerou comoção e revolta. Como forma de homenagear a artista e exigir justiça, amigos, parceiros artísticos e representantes de movimentos sociais em defesa das mulheres realizaram atos em Cuiabá e em Campo Grande (MS). A artista era natural de Três Lagoas (335 km distante da capital sul-mato-grossense).
Em Cuiabá, um grupo se reuniu na Praça da República, para prestar uma última homenagem à rapper. Com cartazes, velas e palavras de apoio, os presentes manifestaram sua indignação com a morte violenta da artista.
“O único envolvimento da Laysa foi a arte. Envolvida até o último fio de cabelo com o hip hop, movimento este que ela sempre acolheu e foi acolhida. La Brysa era trabalhadora vindo de outro estado para tentar condições de vida melhores e oportunidades para sua carreira. Nossa irmã tinha 12 anos de contribuição ao rap nacional.”, leu Ligia Viana, coordenadora do coletivo Mulheres no Hip Hop.
Ligia ainda reforçou que o ato era de gratidão ao legado de Laysa no estado, a quem classificou como “rainha das batalhas de rima”.
“A gente sabe que fazer o rih hop não é fácil, a gente já é criminalizado normalmente. Então, a gente pede para a sociedade: respeitar o nosso momento de dor. E respeitar o hip hop. Porque o que a gente faz é arte, é sério e é responsável.”, completou.Conforme os presentes no ato em Cuiabá, familiares e amigos teriam participado do movimento em homenagem à artista em Campo Grande.
Ainda de acordo com eles, o corpo de Laysa saiu de Cuiabá às 14 horas de hoje rumo à capital sul-mato-grossense, e será recebido por familiares diretamente no cemitério, para o sepultamento. Não haverá velório.
No local, os participantes foram orientados a não conceder entrevistas. Todos estavam apreensivos, por represálias dos autores da morte violenta. Apesar da morte da jovem ainda ser um mistério para os investigadores. Eles corroboraram as falas dos amigos de Laysa, de que ela não tem envolvimento com facções.
Apesar disso, as características da morte de Laysa, afogada, com o corpo enrolado num tapete e com uma lata com concreto amarrada a ele. Levam a crer, até o momento, que o crime tenha a assinatura da facção dominante em Mato Grosso devido à origem de La Brysa, que era do Mato Grosso do Sul, onde há forte presença de uma facção rival.
A artista pretendia retornar ao Mato Grosso do Sul ainda neste mês, conforme relatou o pai dela, Paulo Ferreira, ao HNT. Depois, se mudaria para o Rio de Janeiro para seguir o sonho de ser cantora. Em Cuiabá, ela também trabalhava numa rede de fast food e era um nome importante das batalhas de rima.
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