A inteligência artificial (IA) está revolucionando nosso cotidiano e diversos assuntos, desde o setor financeiro até a automação de processos industriais, passando pelo sistema de saúde e segurança pública. Com grandes promessas também a necessidade urgente de uma regulamentação capaz de equilibrar os avanços tecnológicos com a proteção dos direitos fundamentais dos cidadãos. No Brasil, o desafio da regulamentação da IA recai sobre os ombros da Câmara dos Deputados, exigindo estratégias eficazes e centralizadas para evitar inconsistências e lacunas legais.
Um dos principais desafios enfrentados pelos legisladores é a complexidade e a velocidade da evolução tecnológica da IA. Os deputados precisam desenvolver uma legislação que não se torne obsoleta em questão de anos. Ao mesmo tempo, é crucial que as normas sejam flexíveis ou suficientes para se adaptarem a novas descobertas sem a necessidade de reformas constantes e onerosas.
Os riscos associados ao uso de IA não podem ser subestimados. Questões como privacidade de dados, questões algorítmicas e responsabilidade em caso de falhas de sistemas de inteligência artificial são temas que chamam a atenção cuidadosa. Além disso, uma regulamentação precisa garantir que o uso de IA não infrinja os direitos humanos, discriminando ou prejudicando determinados grupos de pessoas.
Para enfrentar esses desafios, a ideia de uma comissão especial se destaca como uma solução pragmática e eficiente. Esta comissão centralizaria todos os projetos de lei relacionados à IA proporcionando um espaço de análise integrada e um debate qualificado com a contribuição de especialistas de diferentes áreas. Isso evitaria a fragmentação normativa, uma preocupação real dada a diversidade de projetos e opiniões sobre como uma IA deve ser regulamentada.
Além disso, uma comissão especial poderia agilizar o processo legislativo ao oferecer uma análise mais aprofundada e recomendações claras. Sem uma entidade central, a orientação da IA corre o risco de se tornar um labirinto jurídico, o que pode sufocar a inovação, evitar investimentos e competências tecnológicas do Brasil a nível global.
A formação de uma comissão dedicada não só facilitaria a criação de uma legislação mais coerente, mas também envolveria o Brasil em discussões internacionais sobre IA, alinhando suas normas aos padrões e práticas globais. Isso não apenas consolidaria a posição do país como um jogador importante no cenário tecnológico, mas também garantiria que os desenvolvimentos em IA beneficiassem a sociedade como um todo, promovendo um crescimento tecnológico que é tanto ético quanto inclusivo.
(*) MARCELO SENISE é Idealizador do Instituto Brasileiro para a Regulamentação da Inteligência Artificial, Sócio Fundador da Comunicação 360º, Sociólogo e Marqueteiro, atua há 36 anos na área política e eleitoral, especialista em comportamento humano, e em informação e contrainformação, precursor do sistema de análise em sistemas emergentes e Inteligência Artificial. Twitter: @SeniseBSB / Instagram: @marcelosenise
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